Bolsonaro no banco dos réus e os impactos políticos
Ex-presidente é julgado pelo Supremo em processo que deve repercutir no cenário eleitoral de 2026
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O julgamento do ex-presidente Jair Bolsonaro, por tentativa de golpe de Estado, no Supremo Tribunal Federal, começa nesta terça-feira (2), pouco mais de um ano antes da eleição presidencial.
Apesar da distância, é inegável os efeitos que a decisão do STF terá na vida política do país. A decisão do caso terá forte impacto no processo eleitoral de 2026, quando o país irá às urnas escolher o próximo presidente da República.
A possibilidade de condenação de Bolsonaro levanta debates jurídicos e políticos. Especialistas apontam que recursos e questionamentos processuais podem prolongar a discussão do julgamento e da pena de Bolsonaro até o próximo ano, influenciando diretamente a disputa eleitoral seja pelo noticiário, ou seja, pelas negociações partidárias.
Entre os temas em evidência está também a eleição para o Senado Federal, casa legislativa que possui competência constitucional para julgar pedidos de impeachment de ministros do STF. Esse ponto tem ganhado espaço nas articulações políticas em diversos estados e o julgamento do ex-presidente no Supremo tende a ser decisivo na hora do eleitor escolher entre candidatos alinhados à base governista ou a oposição.
Juristas ainda discutem aspectos processuais, como a forma de abertura do inquérito das Fake News, de ofício e sem a concordância do Ministério Público e a prevenção que levou o ministro Alexandre de Moraes a relatar ações relacionadas ao caso. Essas questões devem continuar a gerar controvérsia nos próximos meses.
Com a inelegibilidade já confirmada pelo Tribunal Superior Eleitoral, cresce a expectativa em torno do nome que Bolsonaro poderá apoiar em 2026. Entre os mais cotados estão o senador Flávio Bolsonaro e o governador de São Paulo, Tarcísio de Freitas. Eduardo Bolsonaro, que está nos Estados Unidos, nesse momento perdeu força.
No Congresso Nacional, a bancada ligada ao Partido Liberal defende a ideia de uma anistia ampla, mas a proposta ainda encontra dificuldades para avançar e conseguir apoio suficiente. Isso deverá ter forte influência na escolha do candidato por parte do ex-presidente, que só deve ter chances claras de deixar a prisão, caso um aliado assuma a presidência da república.
Para o governo do presidente Lula, o julgamento do principal adversário político pode ter efeitos duplos: de um lado, fortalece a narrativa de responsabilização judicial do ex-presidente; de outro, pode alimentar em parte da sociedade a percepção de perseguição.
O desfecho no STF e o ambiente político até as eleições de 2026 permanecem imprevisíveis e serão determinantes para definir os próximos passos da disputa pelo Planalto.
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