A comida que você escolhe hoje pode proteger sua memória amanhã
Como a alimentação ao longo da vida pode proteger a memória e a clareza mental
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Produzido pela Ri7a - a Inteligência Artificial do R7

Durante muito tempo, o envelhecimento do cérebro foi tratado como algo inevitável. Um processo silencioso, fora do nosso alcance, quase um acerto de contas com a genética. A memória falha, o raciocínio fica mais lento, e a gente aprende a aceitar. Mas a ciência vem contando outra história, bem menos resignada.
Hoje sabemos que o cérebro não envelhece sozinho. Ele carrega marcas do modo como vivemos. Do que comemos, do que repetimos, do que escolhemos todos os dias sem nem perceber.
Existe um conceito chamado reserva cognitiva. É a capacidade que o cérebro tem de continuar funcionando bem mesmo diante do envelhecimento ou de alterações típicas de doenças neurodegenerativas. Algumas pessoas mantêm memória, linguagem e clareza mental por muito mais tempo. Não porque escaparam do tempo, mas porque construíram, ao longo da vida, caminhos alternativos dentro do próprio cérebro.
Um estudo que acompanhou pessoas desde a infância mostrou algo simples e poderoso. Quem manteve uma alimentação de melhor qualidade ao longo da vida apresentou maior reserva cognitiva na meia idade. Não se trata de dieta restritiva, nem de modismos. É comida de verdade, repetida com constância. Frutas, verduras, legumes, feijão, grãos integrais, oleaginosas, gorduras boas. Nada extraordinário. Só consistente.
O outro lado também apareceu com clareza. Dietas baseadas em produtos ultraprocessados, bebidas açucaradas, doces e grãos refinados estiveram associadas a pior desempenho cognitivo. Mesmo quando esses alimentos eram de origem vegetal. Isso derruba uma ideia comum, o cérebro não responde a rótulos, ele responde à qualidade do que recebe.
O mais interessante é que esse efeito não desapareceu quando fatores como escolaridade, renda, atividade física e saúde geral foram considerados. A alimentação teve um papel próprio.
Isso faz sentido. O cérebro é extremamente sensível à inflamação e ao estresse oxidativo. Compostos bioativos dos alimentos vegetais, fibras, vitaminas e gorduras adequadas ajudam a proteger neurônios, favorecem a circulação cerebral e influenciam a microbiota intestinal, que conversa diretamente com o cérebro. Comer bem não é uma escolha estética. É um cuidado biológico.
Cuidar da alimentação não garante um futuro sem falhas de memória. Mas aumenta as chances de atravessar o tempo com mais autonomia.
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