Adoçantes na gravidez aumentam risco de diabetes gestacional, aponta pesquisa
Estudo mostra que consumo frequente de bebidas adoçadas artificialmente pode influenciar no desenvolvimento do bebê e elevar chances de complicações durante a gestação
Um estudo publicado no Diabetes Research and Clinical Practice analisou os efeitos do consumo de bebidas adoçadas artificialmente antes e durante a gestação. O objetivo foi avaliar os riscos de diabetes gestacional, hipertensão gestacional e parto prematuro.
Os resultados mostraram que o consumo frequente dessas bebidas durante a gravidez esteve associado a um risco maior de diabetes gestacional. Para hipertensão e parto prematuro, as evidências ainda não são conclusivas, mas levantam sinais de atenção.
De forma geral, os achados sugerem que o consumo elevado de adoçantes artificiais na gestação pode aumentar as chances de complicações, especialmente em relação ao diabetes gestacional, enquanto os vínculos com outros problemas de saúde precisam de mais pesquisas.
Segundo a pesquisadora e nutricionista Larissa Scolástico, a dieta da mãe tem influência direta no desenvolvimento e na saúde do bebê, em um processo conhecido como programação metabólica. A alimentação durante a gestação e nos dois primeiros anos de vida da criança é um dos fatores que podem determinar a forma como o metabolismo vai funcionar e impactar a saúde no futuro.
Adoçantes que devem ser evitados na gestação
• Ciclamato de sódio e sacarina, pois atravessam a placenta e podem se acumular no feto
• Aspartame, contra-indicado em mulheres com fenilcetonúria (PKU) e de uso restrito mesmo em quem não tem a condição
• Acesulfame-K, ainda gera dúvidas quanto à segurança
• Estévia in natura, como folhas ou extratos brutos, que não são indicados
Adoçantes considerados mais seguros, desde que em moderação
• Sucralose
• Estévia purificada, na forma de rebaudiosídeo
• Taumatina
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