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Ciência para o Dia a Dia

Luz natural afeta metabolismo, relógio biológico e saúde sem que a gente perceba

Estudo investiga o que acontece com o corpo quando passamos o dia trabalhando sob luz natural

Ciência para o Dia a Dia|Camille Perella CoutinhoOpens in new window

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LEIA AQUI O RESUMO DA NOTÍCIA

  • Estudo investiga os efeitos da luz natural no metabolismo e na saúde, comparando-a à luz artificial de escritórios.
  • Participantes com diabetes tipo 2 apresentaram maior estabilidade da glicemia sob luz natural, usando mais gordura como energia.
  • A exposição à luz natural aumentou a liberação de melatonina, indicando um sinal mais claro para o corpo sobre o final do dia.
  • Resultados sugerem que o ambiente, especialmente a luz, influencia a saúde e o metabolismo, além de escolhas pessoais.

Produzido pela Ri7a - a Inteligência Artificial do R7

Luz natural, metabolismo e o corpo que sente o ambiente Imagem Gerada por AI

Passamos a maior parte da vida em ambientes fechados. Escritórios, salas, consultórios, apartamentos. A luz que nos acompanha ao longo do dia quase nunca é a do sol, mas a de lâmpadas.

Um estudo publicado recentemente na revista Cell Metabolism resolveu investigar justamente isso, o que acontece com o corpo quando passamos o dia trabalhando sob luz natural, vinda de janelas amplas, em comparação com a iluminação artificial típica de escritório.


O experimento foi feito com pessoas com diabetes tipo 2, acompanhadas em ambiente controlado por alguns dias, alternando os dois tipos de luz

Durante os dias expostos à luz natural, os participantes passaram mais tempo com a glicose dentro da faixa considerada adequada. A média da glicemia não despencou, não houve nenhum efeito milagroso. O que mudou foi a estabilidade. Menos picos, menos quedas, mais tempo em equilíbrio. E isso importa muito quando se pensa em risco ao longo dos anos.


O metabolismo também se comportou de forma diferente. Sob luz natural, o corpo passou a usar mais gordura como fonte de energia ao longo do dia. Em outras palavras, a escolha do combustível mudou sem que a alimentação, o sono ou a atividade física tivessem sido alterados.

A luz também conversou com o relógio interno. A liberação de melatonina no início da noite foi maior após os dias de exposição à luz natural. Não significa que as pessoas dormiram mais cedo ou melhor de forma imediata, mas indica que o corpo recebeu um sinal mais claro de que o dia estava terminando.


Até células musculares coletadas desses participantes mostraram ajustes no funcionamento do relógio biológico depois desse período. Nada disso aconteceu porque alguém se exercitou mais, comeu melhor ou dormiu diferente. Esses fatores foram controlados. A única variável real era a luz.

Esse tipo de resultado ajuda a desmontar uma ideia muito comum, a de que saúde depende apenas de escolhas individuais. O corpo responde ao ambiente o tempo todo. A luz é um dos principais sinais que organizam hormônios, metabolismo e ritmo biológico.


O estudo é pequeno, feito por poucos dias e em condições muito específicas. Ele não diz que abrir a janela substitui tratamento médico ou resolve doenças metabólicas. Mas reforça algo essencial.

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