Black Friday: preços variam em média 5,17% em um ano, com inflação mais ‘controlada’
Estudo da Rico revela quais produtos tiveram queda e quais subiram, além das armadilhas a evitar

Os produtos mais buscados na Black Friday tiveram em média alta de 5,17% em um ano, com a inflação mais “controlada” em relação ao ano passado. A informação é de estudo da Rico, que avaliou o comportamento de preços em anos anteriores.
A data, segunda mais importante do comércio, ocorre na última sexta-feira de novembro, que nesta ano cai no dia 28.
O levantamento estabeleceu uma cesta de “consumo da Black Friday”, para análise da variação em 12 meses até setembro de 2025.
O resultado mostra diferenças entre setores. Eletrodomésticos e equipamentos, por exemplo, caíram 3,09%, TV, som e informática recuaram 2,58% e artigos de cama, mesa e banho tiveram baixa de 0,97%, refletindo menor pressão de custos e maior competição no varejo.
No entanto, joias e bijuterias (+20,06%) e artigos de maquiagem (+6,44%) ficaram entre as maiores altas.
“A inflação mais controlada tende a reaquecer o consumo, mas é importante lembrar que nem toda promoção é uma boa oportunidade”, explica Maria Giulia Figueiredo, analista da Rico.
O aumento está em linha com o IPCA (Índice Nacional de Preços ao Consumidor). O índice que mede a inflação oficial do país acumula nos últimos 12 meses alta de 5,17% até setembro. Já até outubro, houve queda e esse índice ficou em 4,68%.
“Os maiores descontos costumam aparecer em categorias específicas, como tecnologia e eletroportáteis, enquanto setores de moda e beleza seguem com preços mais resistentes. A Black Friday de 2025 deve ser marcada por consumidores mais seletivos, atentos à descontos reais.”
A queda do dólar em 2025, que acumula recuo de 14,29%, também influencia na inflação mais controlada, beneficiando preços dos produtos.
Nesta segunda-feira (17), a moeda americana fechou em alta de 0,64%, a R$ 5,3310 - maior valor de fechamento em 10 dias. No entanto, acumula queda de 0,92% em novembro, após ter subido 1,08% em outubro. No ano, as perdas são de 13,74%.
Dicas para evitar armadilhas financeiras
Para ajudar o consumidor a aproveitar as promoções com consciência e estratégia, Thaisa Durso, educadora financeira da Rico, reuniu oito dicas:
1. Faça uma lista de necessidades - Defina o que realmente precisa antes da data. Assim, evita-se cair em tentações e compras por impulso.
2. Pesquise preços com antecedência - Acompanhe o histórico dos produtos desejados e use comparadores como Zoom e Buscapé para fugir de falsas promoções.
3. Gaste com inteligência - reserve e invista - Estabeleça um teto de gastos e, se possível, aplique o valor reservado.
4. Priorize qualidade e garantia - O menor preço nem sempre é o melhor negócio. Prefira marcas confiáveis e políticas de troca seguras.
5. Concentre-se em poucos produtos de valor - Foque em um ou dois itens importantes em vez de vários supérfluos.
6. Prefira o pagamento à vista - Além de evitar juros, pode render descontos extras.
7. Proteja-se contra golpes online - Verifique se o site é seguro e prefira cartões virtuais ou intermediários no pagamento.
8. Reflita antes de finalizar a compra - Dê um tempo antes de confirmar o pedido — isso ajuda a evitar arrependimentos.
“A Black Friday pode ser uma ótima oportunidade para economizar e realizar desejos, desde que haja planejamento”, afirma Thaisa Durso.
“Quando o consumidor entende seus limites, compara preços e evita agir por impulso, ele transforma a data em uma aliada das finanças — e não em uma vilã do orçamento.”
Fonte: Rico
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