Como ficam os investimentos com a manutenção da taxa básica de juros em 15%
Os investimentos pós-fixados devem continuar rendendo mais neste momento com a alta de juros

O Copom (Comitê de Política Monetária), do Banco Central, anunciou nesta quarta-feira (17) a manutenção da taxa básica de juros em 15% ao ano. Com isso, os chamados pós-fixados, que têm a sua rentabilidade atrelada a um índice financeiro, continuam como os investimentos mais atrativos.
Entre eles, a caderneta de poupança, o CDB, Tesouro Direto, LCI e LCA, indicados para quem está começando a investir e para reserva de emergência.
Antônio Sanchez, analista de research da Rico, explica que os investimentos pós-fixados, que são diretamente afetados pelos juros mais altos, devem continuar rendendo bastante.
“Considerando que o nível de risco desses investimentos, de um modo geral, é baixo, e mesmo com o provável ciclo de queda da Selic em 2026, um investimento como Tesouro Selic, por exemplo, com liquidez diária, risco soberano e oferecendo mais de 12% ao ano, é certamente uma rentabilidade bastante atrativa”, afirma Sanches.
Já os títulos que têm uma parcela pré-fixada na sua rentabilidade, segundo ele, tendem a precificar as expectativas futuras do mercado.
“Esses títulos refletem já a expectativa de que tenha uma queda dos juros à frente. Quando a gente olha em relação ao último mês, por exemplo, as taxas desses títulos já reduziram, refletindo essa expectativa de que a gente está se aproximando do ciclo de corte da da Selic, de um momento de economia em que a inflação deve começar a convergir para meta”, acrescenta.
Segundo ele, os títulos atrelados ao IPCA são uma boa opção para o investimento de médio e longo prazo, porque eles ajudam o investidor a se proteger da inflação medida pela pelo IPCA, já que eles oferecem uma parcela prefixada da rentabilidade somada à inflação do período.
Por fim, os títulos com rentabilidade apenas prefixada não são uma opção para o investidor, mas é importante, manter a cautela.
“Nossa recomendação é de cautela para esses títulos. Eles tendem a ser uma, os títulos prefixados, prefixados, eles tendem a ser uma boa opção em momentos que antecedem a queda do juros. Mas as taxas costumam refletir a expectativa futura do mercado. Então esses títulos também sofreram uma queda na rentabilidade em relação ao último mês, quando se tornou cada vez mais claro esse ciclo de de cortes à frente”, analisa Sanches.
Estudo calculou quantas vezes os títulos prefixados superaram o CDI nos últimos 20 anos e, em aproximadamente 72% das vezes, eles acabaram levando uma vantagem na rentabilidade em relação ao CDI do mesmo um período.
“Por outro lado, o investidor acaba abrindo mão da liquidez em comparação ao tesouro Selic, além de sofrer com a marcação ao mercado que pode ser bastante desconfortável para investidor com perfil mais conservador ou que prefere uma maior previsibilidade no no crescimento do seu patrimônio”, aponta o analista.
Por isso, ele recomenda que o investidor tenha uma parcela de prefixado, mas que seja menor, e que dê preferência para os títulos atrelados à inflação ou à Selic, sempre respeitando a volatilidade e também os objetivos.
“Se ele tem objetivos de médio e longo prazo, o IPCA pode ser importante para protegê-lo da inflação no período. Objetivos de mais curto prazo ou que o investidor precise de mais liquidez, investimentos pós-fixados tendem a ser uma uma boa uma boa opção”, conclui.
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