Inflação menor reduz em R$ 10 previsão do salário mínimo que deve atingir R$ 1.620 em 2026
Cálculo considera o INPC acumulado dos últimos 12 meses de novembro, divulgado nesta quarta-feira pelo IBGE

A inflação medida pelo INPC (Índice Nacional de Preços ao Consumidor), divulgada nesta quarta-feira (10) pelo IBGE, indica que o salário mínimo terá um reajuste de 6,68%.
Com isso, o piso nacional deverá ficar em R$ 1.620 em 2026, considerando que o governo vai arredondar para cima 40 centavos. O que representa um aumento de R$ 102 em relação ao valor atual, de R$ 1.518.
A previsão inicial do governo federal para o salário mínimo de 2026 era de R$ 1.630.
Cálculo
O acumulado dos últimos 12 meses do INPC de novembro, que ficou em 4,18%, é utilizado para calcular a correção.
A regra adotada desde 2023 para o reajuste do salário mínimo segue a política de valorização, para garantir um aumento real, acima da inflação.
A fórmula é a soma da inflação medida pelo INPC acumulada até novembro, mais a variação do PIB (Produto Interno Bruto) de dois anos antes (2024), de 3,4%.
Mas esse índice está limitado a um teto: até 2,5% acima da inflação, seguindo o arcabouço fiscal.
Queda da inflação
A previsão inicial, quando a proposta da Lei de Diretrizes Orçamentárias de 2026 foi encaminhada pelo governo federal ao Congresso em agosto, era de R$ 1.631.
Com a queda da inflação, o governo revisou esse valor e enviou uma atualização de R$ 1.627.
Na primeira projeção calculada pelo Executivo, o governo considerou uma evolução de 4,78% do INPC, além de uma taxa de crescimento real do PIB de 2,5%.
No entanto, o INPC ficou abaixo do esperado pelo mercado, de 4,18%, reduziindo em até R$ 11 a previsão inicial de aumento do salário mínimo.
Impacto
O salário mínimo tem impacto nas aposentadorias, pensões e outros auxílios pagos pelo INSS (Instituto Nacional do Seguro Social), assim como o seguro-desemprego, do abono salarial PIS/Pasep e do BPC (Benefício de Prestação Continuada).
O novo piso precisa ainda ser aprovado pelo Congresso até o final do ano e sancionado pelo presidente Lula, para começar a valer a partir de 1º de janeiro de 2026.
Veja os últimos reajustes
2025 - R$ 1.518 (7,5%)
2024 – R$ 1.412 (6,97%)
2023 – R$ 1.320,00 (8,91%)
2022 – R$ 1.212,00 (10,04%)
2021 – R$ 1.100,00 (5,2%)
2020 – R$ 1.045,00 (4,7%)
2019 – R$ 998,00 (4,6%)
2018 – R$ 954,00 (1,8%)
2017 – R$ 937,00 (6,48%)
2016 – R$ 880,00 (11,6%)
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