O preço do aluguel residencial acumula uma valorização de 14,60% nos últimos 12 meses, segundo o Índice FipeZAP, divulgado nesta terça-feira (17). A pesquisa, realizada em 36 cidades brasileiras, mostra que o aumento dos aluguéis é três vezes maior que a inflação do período, medida pelo IPCA/IBGE (4,24%) e pelo IGP-M/FGV (4,26%).Só no mês de agosto, a elevação registrada foi de 0,88% no aluguel residencial, desacelerando em relação às variações de junho (+1,43%) e julho (+1,12%). No entanto, o índice também ficou acima da inflação do mês, do IPCA/IBGE (-0,02%) e do IGP-M/FGV (+0,29%). O mesmo ocorre no acumulado deste ano. Nos primeiros oito meses, a locação residencial acumula alta de 10,18%, acima do IPCA/IBGE (+2,85%) e do IGP-M/FGV (+2,00%). Os imóveis com um dormitório tiveram aumento acima da média nos últimos 12 meses, de 16,19%, contrastando com as unidades de quatro ou mais dormitórios (+12,23%). Individualmente, todas as 36 localidades registraram valorização do aluguel neste período, incluindo as 22 capitais:Segundo o levantamento FipeZap, em agosto de 2024, o preço médio do aluguel de apartamentos prontos foi calculado em R$ 46,78/m². Os maiores valores foram observados no aluguel de imóveis de um dormitório (R$ 61,21/m²) e os menores, entre unidades com três dormitórios (R$ 40,63/m²).Entre as 22 capitais pesquisadas, São Paulo (SP) apresentou o preço médio mais elevado. Veja o ranking do valor por metro quadrado em cada capital a seguir.Já a rentabilidade média do aluguel residencial foi avaliada em 5,97% ao ano. O retorno é calculado entre o preço médio de locação e o preço médio de venda dos imóveis, que resulta na medida de rentabilidade (rental yield) para o investidor que opta em comprar o imóvel para obter renda.A taxa média apurada se manteve ligeiramente abaixo à rentabilidade média projetada para aplicações financeiras de referência nos próximos 12 meses, que também se elevou no período. Em termos comparativos, a rentabilidade projetada do aluguel foi relativamente maior entre imóveis com apenas um dormitório (6,67% ao ano), contrastando com o menor percentual entre unidades com quatro ou mais dormitórios (4,67% ao ano).Entre as capitais, se destacaram Manaus (8,26%); Belém (7,94%); Recife (7,68%); São Luís (7,47%); Cuiabá (7,46%); Campo Grande (7,42%); Natal (7,28%).