Seis em cada dez brasileiros ainda não investem em produtos financeiros. Dessas pessoas, metade (51%) pretende adotar o hábito em 2025. A segurança é a principal motivação delas, com 48% das respostas, seguida pela possibilidade de usarem o retorno dos recursos investidos para a aquisição de bens de consumo (30%).A abertura ou o crescimento de um negócio próprio (7%) e a melhora na qualidade de vida (5%) aparecem na sequência, em menor destaque. É o que mostra a 8ª edição do Raio-X do Investidor Brasileiro, pesquisa da Anbima (Associação Brasileira das Entidades dos Mercados Financeiro e de Capitais) com o Datafolha.O levantamento aponta que o contingente de 101 milhões de indivíduos que ainda não são investidores, 18 milhões têm a intenção de mudar esse status em 2025.Já entre as 59 milhões de pessoas que investem atualmente em produtos financeiros, 14 milhões cogitam deixar de aplicar o dinheiro ao longo deste ano.Caso as projeções se concretizem, o saldo será positivo, com aumento de 4 milhões de brasileiros na fatia de investidores, que passará de 37% para 39% da população.Entre as pessoas que pretendem investir ou continuar investindo, a principal razão apontada é o retorno que os produtos financeiros podem proporcionar (33% das respostas), motivação que lidera a preferência desde o primeiro ano da pesquisa.A segurança foi citada por 23% e, na terceira posição, está a facilidade de investir, com 14%.De 2023 para 2024, cresceu em três pontos percentuais o grupo que busca montar uma reserva financeira (de 6% para 9%).Em 2023, havia projeção de crescimento de 4 pontos percentuais no total de investidores em 2024. O resultado, no entanto, não se concretizou, mantendo em 37% a proporção da população que tem algum tipo de investimento financeiro.”O cenário macroeconômico, com a trajetória de alta de juros no país e o elevado o custo das dívidas das famílias, é uma possível justificativa para a estabilidade no percentual de investidores entre 2023 e 2024. Esse contexto costuma influenciar diretamente a capacidade de guardar dinheiro e investir, tornando ainda mais relevantes as ações de educação com foco no planejamento financeiro”, conclui Billi.Para investir, é importante definir objetivos, conhecer o seu perfil de investidor e escolher aplicações.Fonte: Portal do Investidor