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Simples Nacional tem aumento de arrecadação com impulso dos pequenos negócios

De janeiro a agosto, a elevação dos impostos recolhidos dos MEIs e das micro e pequenas empresas atingiu 9%, em relação ao ano passado, com volume de R$ 134,4 bilhões

Conta em Dia|Ana VinhasOpens in new window

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Setor de serviços lidera os pequenos negócios Divulgação/Senac

A arrecadação do Simples Nacional registrou um aumento 9% no acumulado do ano, de janeiro a agosto de 2025, em relação ao mesmo período do ano passado, com um volume de R$ 134,4 bilhões.

O crescimento também influenciou positivamente na arrecadação das contribuições previdenciárias.


Corrigindo o índice com a inflação do período, o aumento real fica em 4,27%. A elevação é maior que o acumulado da arrecadação total das receitas federais nos oito meses do ano, de 3,73%.

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“Em termos reais, corrigindo-se a variação pelo IPCA de agosto de 2025, o crescimento do Simples Nacional fica em linha com o crescimento dos demais tributos”, afirma a Receita Federal em nota.


Desde o primeiro ano pós-pandemia, a arrecadação das micro e pequenas empresas apresenta trajetória crescente.

Esse segmento, com destaque para o setor de serviços, vem apresentando crescimento, com ampliação das contratações e elevação dos empregos formais.


Evolução do imposto Arte/R7

Regime tributário

O Simples Nacional é o regime tributário simplificado disponível para microempresas e empresas de pequeno porte que faturem até R$ 4,8 milhões por ano.

O volume também inclui o MEI (Microempreendedor Individual), modelo empresarial simplificado, com limite de faturamento anual de R$ 81 mil.


O setor

O Brasil tem quase metade da sua população (cerca de 96,7 milhões de pessoas) dependendo direta ou indiretamente da renda gerada pelos pequenos negócios, segundo o Atlas dos Pequenos Negócios, lançado pelo Sebrae na última semana.

Só neste ano, mais de 3,6 milhões de pequenos negócios foram abertos em todo o país.

São 23,4 milhões de contribuintes fazem parte do Simples Nacional, sendo 16 milhões MEI (microempreendedores individuais).

Para o presidente do Sebrae, Décio Lima, o avanço da arrecadação do Simples Nacional mostra a força das micro e pequenas empresas no Brasil.

“A arrecadação crescente do Simples se deve à importância desse regime para a economia nacional e tem impactos nos mais variados espectros econômicos”, afirma Lima.

Os pequenos negócios são responsáveis por 77% dos postos de trabalho formais criados nos últimos 5 anos.

Além disso, eles correspondem a 27% do PIB (Produto Interno Bruto), o conjunto de produtos, serviços e riquezas produzidas no país, movimentando cerca de R$ 2,5 trilhões de reais por ano.

O setor de serviços é o que mais detém micro e pequenas empresas e microempreendedores individuais, com mais da metade dos cadastros ativos no país. Também se destacam o comércio, a indústria e a construção civil.

“Importante frisar que o Simples Nacional é um regime tributário alternativo determinado constitucionalmente. Esse regime concretiza, para as microempresas e empresas de pequeno porte, o princípio da capacidade contributiva”, acrescenta o presidente do Sebrae.

“O Simples Nacional faz parte do sistema tributário de referência e, nessa condição, classifica-se como um alívio tributário estruturante, que não implica renúncia fiscal, não devendo, portanto, constar dos demonstrativos de gastos tributários.”

(Décio Lima)

Entenda o que é o Simples e por que é vantajoso

• O Simples Nacional simplifica e, na maioria dos casos, reduz de 30% a 50% a carga tributária das empresas que aderem ao sistema.

• Ao aderir ao Simples, a empresa passa a recolher o DAS (Documento de Arrecadação do Simples Nacional), que substitui oito tributos. São eles:

• Imposto de Renda de Pessoa Jurídica (IRPJ);

• Contribuição Social sobre o Lucro Líquido (CSLL);

• Programa de Integração Social (PIS);

• Contribuição para Financiamento da Seguridade Social (Cofins);

• Imposto sobre Produtos Industrializados (IPI);

• Imposto sobre a Circulação de Mercadorias e Serviços (ICMS);

• Imposto sobre Serviços (ISS); e

• Contribuição Patronal Previdenciária (CPP).

• O ideal é fazer planejamento tributário antes de optar.

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Os textos aqui publicados não refletem necessariamente a opinião do Grupo Record.

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