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Eduardo Olimpio

Ninguém sai o mesmo depois que conhece um museu

 Museu é o lugar da fina flor do conhecimento, que adquirimos por nós mesmos quando armazenamos as coisas naturais e o que temos feito  

Eduardo Olimpio|Do R7

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Guardar e conservar a memória de pessoas e seus feitos materiais e involuntários, ou de acontecimentos naturais para além da humanidade, são duas das básicas funções pelas quais os museus existem nos quatro cantos do planeta. São instituições de extrema importância que, em sua natural aptidão, expõem tudo que pode interessar ao ser humano contribuindo fortemente para a assimilação do conhecimento, principalmente vindo dos antepassados. 

Mas não só dos tempos já extintos que museus se valem numa sociedade. Na Noruega, por exemplo, existe uma espécie de museu, podemos dizer, que guarda estrategicamente, a baixíssimas temperaturas, sementes do mundo todo. Contudo, é mais fácil reconhecermos um museu pelo que ele nos revela e ensina no instante em que por ele percorremos, pois são espaços vivos onde coleções de artes, máquinas, animais, brinquedos, foguetes, vírus, porcelanas, múmias, apetrechos eróticos, rochas, roupas e tudo que diz respeito à atividade dos homens e dos caprichos revelados pela natureza que o envolve (e também a extraterrena) aparecem diante de nós.


Renascimento: Museu do Ipiranga reabre ao público depois de 9 anos fechado
Renascimento: Museu do Ipiranga reabre ao público depois de 9 anos fechado

Para isso a imaginação, esta sim não armazenável, não tem limites. Cito de cabeça apenas alguns, sem ordem de tamanho ou de importância, que me chamaram a atenção nas andanças brasileiras e gringas aos quais convido a saberem de suas presenças entre nós para buscá-los quando e como der. Lembro que não há melhor nem pior. Gosto e interesse são indiscutíveis nesse quesito porque é da individualidade de cada um a busca.

Museu do Prado, em Madri; Museu do Louvre, em Paris; Museu do Homem Americano, no Piauí; Museu de Ciências Naturais Bernardino Rivadavia, em Buenos Aires; Museu de História Natural, em Pretória, Museu do Apartheid, em Joanesburgo, Museu da Casa Brasileira, em São Paulo, Museu do Crime, em São Paulo, Masp, em São Paulo. Museu Arqueológico Padre Gustavo Le Paige, em São Pedro de Atacama; Museu da Língua Portuguesa, em São Paulo, Museu de Imagens do Inconsciente, no Rio de Janeiro.


Essa ínfima lista deixou de fora os que não sei da existência, os que apenas não conheci e os que sei da importância, da singularidade, do acervo e principalmente da minha vontade e necessidade em consumir suas entranhas, mas possivelmente nunca conhecerei presencialmente, pois além da inviabilidade logística, não se esgotam as coletâneas que, felizmente, frequentemente se frutificam mundo afora com a finalidade de guardar os feitos e desfeitos do humano e da natureza.

Essa viagem ao conjunto diverso do mundo que expus serve para destacar o ressurgimento, literalmente, de algumas destas instituições que pereceram com o tempo operacional num Brasil nem sempre zeloso ou grato por suas crias. Assim, no momento em que o país atravessa a barreira dos 200 anos de sua independência de Portugal, renasce no cenário nacional o Museu Paulista da Universidade de São Paulo, mais conhecido como Museu do Ipiranga, que reabre ao público depois de 9 anos fechado e, parcialmente ainda, o Museu Nacional, no Rio de Janeiro, destruído em 2018 por um incêndio que consumiu quase a totalidade de seu precioso patrimônio.

Museus são o lugar, por excelência, do saber reunido pelo tempo e dedicação dos homens nos campos artísticos, científicos, técnicos, linguísticos etc, e prestam um enorme serviço às diversas sociedades em quaisquer lugares do planeta.

Os textos aqui publicados não refletem necessariamente a opinião do Grupo Record.

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