Fonte do governo dos EUA atribui retirada de sanções a Moraes à aprovação de PL que pode reduzir pena de Bolsonaro
Manter punições seria ‘inconsistente com interesses da política externa americana’, diz

Uma fonte do governo dos Estados Unidos relacionou a retirada das sanções impostas ao ministro do STF Alexandre de Moraes, à sua esposa, Viviane Barci de Moraes, e ao instituto ligado à família, à aprovação do PL da dosimetria, na Câmara dos Deputados. A proposta pode reduzir as pena do ex-presidente Jair Bolsonaro.
A fonte, que se referiu ao texto aprovado como “PL da anistia”, afirmou que a medida representa “um passo na direção certa, indicando que as condições de lawfare [uso do Judiciário como instrumento de perseguição política] no Brasil, estão melhorando”. Segundo o representante do governo americano, a manutenção das sanções seria inconsistente com os interesses da política externa dos EUA.
Oficialmente, porém, a Casa Branca não se pronunciou sobre o tema.
Na noite de quinta-feira (11), o vice-secretário de Estado, Christopher Landau, elogiou o PL da dosimetria.
Em publicação nas redes sociais, escreveu: “Os Estados Unidos têm manifestado, de forma consistente, preocupação com tentativas de usar o processo legal para transformar diferenças políticas em arma no Brasil e, portanto, veem com bons olhos o projeto aprovado pela Câmara dos Deputados como um primeiro passo para enfrentar esses abusos. Finalmente, estamos vendo o início de um caminho para melhorar nossas relações”.
As sanções contra Moraes foram impostas no final de julho. O governo americano usou como base legal a Lei Magnitsky, criada para aplicar sanções financeiras e administrativas a pessoas envolvidas em corrupção ou graves violações dos direitos humanos.
Na época, autoridades americanas justificaram as sanções citando supostas perseguições políticas incluindo o ex-presidente Jair Bolsonaro, que estava sendo julgado por tentativa de golpe de estado.
Aproximação entre Trump e Lula
A retirada das sanções contra Moraes e sua família ocorre em meio ao processo de reaproximação entre Lula e Trump. No início deste mês, os dois presidentes tiveram uma conversa telefônica descrita pelo Palácio do Planalto como “muito produtiva”. O comunicado, no entanto, não menciona as sanções entre os temas abordados.
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