Planos de saúde descumprem obrigação de cobrir cirurgia robótica
Especialista explica que o procedimento é considerado o mais seguro e eficaz para casos como o câncer de próstata, mas ainda enfrenta resistência das operadoras mesmo após parecer favorável da Conitec
Heródoto Barbeiro|Heródoto Barbeiro
Ludmila Ferraz, advogada especialista em direito da saúde, explica que os planos de saúde devem cobrir cirurgias robóticas, tendo em vista que esse procedimento é o mais indicado pelos médicos, especialmente em casos de câncer de próstata. Segundo ela, a Sociedade Brasileira de Urologia reconhece a técnica como o “padrão ouro” por reduzir sequelas permanentes, como disfunção erétil e incontinência urinária, além de proporcionar uma recuperação mais rápida.
Apesar disso, as operadoras ainda costumam negar a cobertura, o que obriga pacientes a recorrer à Justiça ou à Defensoria Pública. Ludmila destaca que, desde agosto de 2025, a Conitec (Comissão Nacional de Incorporação de Tecnologias no Sistema Único de Saúde) emitiu parecer favorável à inclusão da cirurgia robótica no SUS, e, por lei, os planos de saúde têm até 60 dias para incorporar o procedimento ao rol da ANS (Agência Nacional de Saúde Suplementar) — prazo que, segundo ela, já foi ultrapassado.
✅Fique por dentro das principais notícias do dia no Brasil e no mundo. Siga o canal do R7, o portal de notícias da Record, no WhatsApp
