As autolesões compreendem todas as ações autoprovocadas para infligir lesões no corpo, com o ojetivo de causar danos a si próprio, independente de tipo, motivo ou intenção, sem que haja necessariamente a intenção suicida. Muitas vezes as pessoas relatam que não conseguem expresser um sofrimento e se cortam para aliviar a dor decorrente dele. As práticas de autolesões incluindo as automutilações ou cutting podem figurar como um dos principais fatores de risco para o suicídio, principalmente em adolescentes e os pais precisam estar atentos. As mulheres consitituem um grupo especialmente vulnerável para os comportamentos de risco, incluindo os comportamentos suicida e de autolesão. Dados do último boletim epidemiológico sobre mortalidade por suicídio e notificações de lesões autoprovocadas no Brasil, de 2021, revelaram um aumento de 29% nas taxas de suicídio de mulheres no País, quando comparados aos dados do período de 2010 a 2019. Já a violência autoinfligida, por outro lado, tem sido considerada um evento mais comum entre os jovens, independente do gênero, mas com taxas expressivas e com tendência de alta significativa para os próximos anos. Dados de um importante estudo de metanálise mostraram que história prévia de autolesão pode triplicar o risco de suicídios em jovens. E como podemos ajudar tais jovens? Em primeiro lugar é importante que o jovem seja acolhido, sem prejulgamentos, de forma sensível e respeitosa, através da construção de um vínculo saudável. É importante sabermos também se o jovem foi vítima de algum tipo de abuso ou violência além de bullying. O local onde o “cutting” ocorre e as questões familiares devem ser avaliados criteriosamente, assim como todo o ambiente escolar e as relações estabelecidas. É fundamental que haja um entendimento de quando e como o cutting se iniciou. E, por fim, buscar ajuda psicológica e psiquiátrica rapidamente sem preconceitos! Com medidas simples e organizadas ,podemos todos prevenir mortes precoces de nossos adolescentes. Referência: