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Luiz Fara Monteiro

Aérea pagará R$ 420 milhões por avião despejar combustível sobre bairro residencial

Procedimento realizado normalmente sobre o mar ou área não habitada foi feito sobre carros, casas, empresas e escolas de Los Angeles

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LEIA AQUI O RESUMO DA NOTÍCIA

  • A Delta Air Lines pagará R$ 427 milhões a moradores de Los Angeles após o despejo de combustível em áreas residenciais.
  • O incidente ocorreu quando pilotos despejaram combustível durante um retorno de emergência ao Aeroporto Internacional de Los Angeles.
  • Moradores afetados alegaram que o despejo não era necessário e que o avião poderia ter pousado sem descarregar combustível.
  • A ação coletiva dos residentes denuncia o procedimento inadequado, feito sobre uma área densamente povoada.

Produzido pela Ri7a - a Inteligência Artificial do R7

Delta Air Lines: acordo de R$ 420 milhões por despejar combustível em bairro residencial Luiz Fara Monteiro

A Delta Air Lines concordou esta semana em pagar uma indenização de US$ 79 milhões (R$ 427 milhões) aos moradores do sul de Los Angeles, nos Estados Unidos, depois que seus pilotos despejaram combustível de aviação em bairros residenciais há mais de cinco anos. O líquido caiu sobre vários carros, casas, empresas, escolas e pessoas em solo, que tiveram que receber tratamento médico para ferimentos leves na ocasião.

O procedimento de despejo de combustível, na aviação chamado de “fuel dumping”, é a liberação controlada de combustível em pleno voo até que a aeronave possa alcançar um peso determinado e pousar sem comprometer sua estrutura. Normalmente ocorre quando o voo precisa pousar o mais rápido possível, durante alguma urgência ou emergência.


Em janeiro de 2020, os pilotos de um Boeing 777 retornaram ao Aeroporto Internacional de Los Angeles (LAX) em seu voo com destino a Xangai após a detecção de problemas no motor. Os pilotos foram forçados a esvaziar suas reservas de combustível, já que o jato excedeu seu peso máximo de pouso em cerca de 73.333 kg. O líquido caiu sobre milhares de carros, casas, empresas e escolas. Normalmente, o procedimento é feito sobre áreas não habitadas ou sobre o mar.

“Pessoas que vivem em Cudahy, Bell Gardens, foram vítimas ao longo dos anos de diferentes problemas ambientais”, disse o advogado Filippo Marchino.


Moradores que vivem ao longo da trilha de despejo de combustível entraram com uma ação coletiva, argumentando que o avião estava muito baixo e nunca deveria ter descarregado sobre bairros densamente povoados.

“Nossa alegação era que o descarte de combustível não era necessário. O avião em questão, o Boeing 777, poderia pousar perfeitamente com todo o combustível a bordo”, disse Marchino. “Mas, se os pilotos determinaram que era necessário, e isso estava a seu critério, não deveriam ter feito da forma como fizeram.”


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Os textos aqui publicados não refletem necessariamente a opinião do Grupo Record.

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