Após acidente, Coreia do Sul removerá barreiras de concreto perto das pistas em aeroportos
Boeing da Jeju Air se chocou com estrutura de antenas, em tragédia ocorrida em dezembro

O Ministério dos Transportes da Coreia do Sul anunciou que removerá um dique de concreto no Aeroporto Internacional de Muan após o acidente fatal do Jeju Air no mês passado. Foi o desastre aéreo doméstico mais mortal do país, que vitimou 179, das 181 a bordo de um Boeing 737, que se chocou com a estrutura e explodiu.
Acredita-se que o aterro, que suportava antenas de navegação no final da pista, tenha contribuído para a gravidade do acidente. Apenas dois tripulantes, sentados na parte traseira do Boeing 737-800, sobreviveram.
O acidente do voo 7C2216 da Jeju Air em 29 de dezembro de 2024 ocorreu quando a aeronave, que teria sido afetada por colisões com pássaros, bateu no barranco após pousar em alta velocidade sem o trem de pouso abaixado. A aeronave explodiu com o impacto, derrapando além do fim da pista.
Em sua investigação, o ministério citou o papel do dique em tornar o desastre mais mortal do que poderia ter sido.
Como parte de sua resposta, as autoridades disseram que revisariam e ajustariam estruturas semelhantes que abrigam Sistemas de Pouso por Instrumentos (ILS) – ou “localizadores” – em sete aeroportos, incluindo o Aeroporto Internacional de Muan e Jeju.
Após o acidente, descobriu-se que um manual de operação do Aeroporto Internacional de Muan, publicado no início de 2024, dizia que o aterro de concreto estava muito próximo do fim da pista.
O documento, preparado pela Korea Airports Corp, recomendou que a localização do equipamento fosse revisada durante uma expansão planejada.
Ontem, Son Chang-wan, ex-presidente da estatal Korea Airports Corporation, que liderou uma polêmica reforma das instalações do Aeroporto Internacional de Muan, foi encontrado morto em sua casa em Gunpo, província de Gyeonggi. A polícia investiga o caso.
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