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Luiz Fara Monteiro

Comissária diz que pilotos eram inexperientes e pede R$ 420 milhões à Delta por acidente em Toronto

Tripulante afirmou em processo que aérea apressou treinamento dos pilotos. 21 passageiros e tripulantes ficaram feridos no acidente em fevereiro

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RESUMO DA NOTÍCIA

  • Comissária da Delta processa a companhia por acidente em Toronto, solicitando R$ 420 milhões.
  • Alegações incluem escalonamento de pilotos inexperientes e apressados no treinamento.
  • 21 pessoas foram feridas, e a comissária afirma ter sofrido lesões graves durante o incidente.
  • Investigações revelam alertas de segurança ignorados antes do acidente, que pode ter causas adicionais.

Produzido pela Ri7a - a Inteligência Artificial do R7

Voo 4819 da Delta Air Lines tocou a pista com força, capotou e derrapou pelo asfalto Reprodução de vídeo do Conselho de Segurança nos Transportes do Canadá

Uma comissária de bordo que estava no voo da Delta Air Lines que caiu na pista do aeroporto Internacional Pearson, em Toronto, em 17 de fevereiro último está processando a companhia aérea, alegando que a empresa demonstrou um “desrespeito imprudente pela segurança dos passageiros” ao escalar “pilotos inexperientes” para o voo.

Vanessa Miles, que trabalha como comissária na Delta e viajava como passageira, está pedindo US$ 75 milhões em danos (R$ 420 milhões), de acordo com uma queixa apresentada em um tribunal federal dos Estados Unidos.


Segundo a mídia local, nenhuma das alegações foi provada no tribunal e a Delta Air Lines ainda não respondeu ao pedido de comentário feito por jornalistas.

Miles disse que sofreu ferimentos graves em consequência do acidente, que ocorreu na pista de Toronto em 17 de fevereiro.


Oitenta pessoas estavam a bordo do voo da Endeavor Air, vindo de Minnesota, quando a aeronave tocou a pista com força, capotou e derrapou pelo asfalto. Autoridades confirmaram anteriormente que 21 passageiros e tripulantes ficaram feridos em decorrência do acidente.

No processo, que foi aberto em Michigan, a comissária disse que não estava trabalhando naquele dia, mas voava como “deadheading”, quando o tripulante embarca em um voo como passageira, para assumir uma escala futura.


De acordo com o processo, o avião sofreu uma “queda violenta e catastrófica” durante o pouso e “atingiu o solo com força excessiva” antes de parar de cabeça para baixo sobre o teto.

Encharcada de combustível

O documento afirma que Miles ficou temporariamente inconsciente enquanto estava pendurada de cabeça para baixo pelo cinto de segurança no avião invertido.


“Ao recuperar a consciência, ela se viu encharcada em combustível e envolta por fumaça, o que a colocou em grave risco de queimaduras químicas, asfixia e morte”, diz o processo.

Depois de desafivelar o cinto de segurança e cair do teto, Miles disse que teve que pular de uma altura de dois metros até o chão depois que os escorregadores de emergência não abriram.

O processo afirma que o avião explodiu cerca de dois minutos depois que a comissária desembarcou. Ela foi posteriormente transportada para um hospital de Toronto para tratamento.

Miles disse que os ferimentos resultantes do incidente incluem uma fratura no ombro esquerdo, uma lesão cerebral traumática, síndrome pós-concussão, lesões no joelho, lesões nas costas, ansiedade, depressão e transtorno de estresse pós-traumático.

Alegada inexperiência dos pilotos

“Este acidente foi causado, pelo menos em parte, pelo fato de (os réus) conscientemente designarem um piloto inexperiente e inadequadamente treinado para operar o voo, demonstrando um desrespeito imprudente pela segurança dos passageiros em busca da eficiência operacional”, alega o processo.

“Os réus economizaram em questões de segurança ao apressar os pilotos nos programas de treinamento e, conscientemente, colocaram os passageiros em risco com uma tripulação de voo inexperiente.”

A reclamação também alega que a companhia aérea não realizou a manutenção adequada do trem de pouso da aeronave e dos “sistemas relacionados”, e não possuía procedimentos adequados de resposta a emergências.

O Conselho de Segurança nos Transportes do Canadá, ao investigar o incidente e em um relatório preliminar divulgado em março, descobriu que um sistema no avião enviou um alerta “indicando uma alta taxa de descida” menos de três segundos antes do acidente.

O relatório completo pode levar até o final do próximo ano para ser concluído, disse o TSB anteriormente.

Vários passageiros, incluindo canadenses, entraram com ações judiciais separadas contra a Delta e a companhia regional da empresa, a Endeavor Air, em tribunais americanos.

A Delta respondeu anteriormente a um dos processos em um processo judicial em 30 de maio, indicando que a companhia aérea “nega todas as alegações” feitas por um passageiro que alegou ter sofrido “ferimentos significativos” como resultado do acidente.

A empresa disse anteriormente à CTV News que apoia totalmente a investigação em andamento do TSB.

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Os textos aqui publicados não refletem necessariamente a opinião do Grupo Record.

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