O voo 780 da American Airlines que partiu da Filadélfia, nos Estados Unidos, na última segunda-feira (2), foi impedido de pousar em seu destino original, em Nápoles, na Itália, porque a companhia aérea enviou um avião maior do que o aeroporto poderia receber. O engano obrigou a tripulação a fazer uma volta sobre o Mar Mediterrâneo e desviar ao Norte para Roma.Aeroportos obedecem regulações de segurança para receber determinados modelos de aviões. Se o terminal não atende às especificações técnicas, a aeronave fica impedida de operar no aeródromo. Foi o que aconteceu com o voo AA780, uma vez que a American enviou, por engano, uma variante maior do Boeing 787. O problema só foi notado quando a aeronave já estava próxima ao destino. Com a confusão, os passageiros foram transportados para Nápoles de ônibus, em um trajeto que dura pelo menos duas horas e meia.Em vez do modelo 787-8 da família Dreamliner, utilizado nas operações diárias, a companhia destacou o 787-9, cerca de 6 metros mais comprido. Como tudo na aviação prioriza a segurança de passageiros e tripulantes, aeroportos que recebem aeronaves maiores como o 787-9 precisam ser equipados com um serviço de emergência de categoria superior para combate a incêndios e resgate, categoria esta sem certificação em Nápoles. O mapa da plataforma de monitoramento AirNav Radar mostra o desvio.Os 2 modelos do Dreamliner têm requisitos diferentes para serviços de Resgate e Combate a Incêndio em Aeronaves (Aircraft Rescue and Fire Fighting - ARFF). O 787-8 tem característica suficiente para pousar em um aeroporto com Serviços de Resgate e Combate a Incêndios (RFFS) de categoria 8, mas o 787-9, maior, precisa de um aeroporto RFFS de categoria 9. RFFS é da sigla em inglês ‘Rescue and Fire Fighting Services’.A companhia aérea pediu desculpas aos passageiros pelo desvio e consequentes transtornos.✅Fique por dentro das principais notícias do dia no Brasil e no mundo. Siga o canal do R7, o portal de notícias da Record, no WhatsApp