IATA minimiza declarações alarmantes de seu médico sobre a Ômicron
Conselheiro da Associação havia afirmado que passageiros têm duas ou até três vezes mais probabilidade de pegar a Covid-19 durante um vôo
Luiz Fara Monteiro|Do R7

Vinte e quatro horas.
Bastou um dia de repercussão negativa para a Associação Internacional de Transporte Aéreo vir a público explicar que as declarações de seu médico consultor, Dr David Powell, não eram bem assim.
A entrevista do médico a Angus Whitley, da Bloomberg, repercutiu em todo o mundo nos principais jornais e sites especializados na última quarta-feira (21).
Powell afirmou que passageiros de aeronaves têm duas ou até três vezes mais probabilidade de pegar a Covid-19 durante um vôo desde o surgimento da variante Ômicron.
Uma declaração de um consultor médico da IATA tem enorme repercussão entre passageiros constantes e, principalmente, entre os gestores das companhias aéreas.
Na tentativa de contornar o turbilhão de comentários após a declaração do médico, a IATA emitiu um comunicado para esclarecer que a cabine da aeronave continua sendo um ambiente de baixo risco para a contratação do COVID-19, embora o Ômicron pareça ser mais transmissível do que outras variantes em todos os ambientes.
De acordo com o Conselheiro Médico da IATA, Dr. David Powell, os fatores que contribuem para os riscos muito baixos incluem as características do projeto da aeronave (direção do fluxo de ar, taxa de troca de ar e filtragem), a orientação para frente dos passageiros sentados, máscara bem aplicada e medidas sanitárias melhoradas.
A natureza controlada da cabine da aeronave em comparação com outros ambientes fechados adiciona mais uma medida de proteção, observou o Dr. Powell.
As autoridades de saúde pública não sugeriram medidas adicionais para ambientes internos como resultado da Omicron; e os conselhos da IATA para os viajantes, incluindo o uso correto de máscaras, permanecem inalterados e são ainda mais importantes.
