Terroristas incendeiam Boeing presidencial no Mali
Grupo filiado à Al-Qaeda foi reprimido por tropas do governo no país africano
Tropas do Mali atacaram militantes islâmicos que atacaram um campo de treinamento militar e invadiram o aeroporto na capital do Mali na terça-feira (17) após tiroteios que mataram alguns soldados, disseram autoridades. Um grupo ligado à Al-Qaeda reivindicou o ataque.
Na ação, o Boeing 737 presidencial teve um dos motores incendiado pelos terroristas. A ação foi filmada. Uma outra aeronave, um turboélice modelo Beechcraft 1900D, que estava a serviço das Nações Unidas, também foi atingido.
De acordo com a agência de notícias AP, os militantes tentaram se infiltrar na escola de polícia militar de Faladie, em Bamako, em um raro ataque à capital antes que as tropas do governo conseguissem “neutralizar” os agressores, disse o chefe do Estado-Maior do Exército, Oumar Diarra, na TV nacional, sem dar mais detalhes.
Pelo menos 15 suspeitos foram presos, disse um oficial de segurança que estava dentro do campo de treinamento no momento do ataque à The Associated Press. Ele falou sob condição de anonimato porque não estava autorizado a falar com repórteres.
“Este ataque covarde e pérfido levou a algumas perdas de vidas do lado do exército”, disse o exército em um comunicado lido na televisão nacional à noite, confirmando que os recrutas no campo de treinamento militar foram mortos, mas não informando quantos.
O exército do Mali também confirmou que os militantes atacaram o aeroporto, no comunicado.
O grupo militante JNIM, ligado à Al-Qaeda, assumiu a responsabilidade pelos ataques em seu site Azallaq. Vídeos postados pelo JNIM mostram combatentes incendiando um avião. O grupo alegou ter infligido “grandes perdas humanas e materiais”.
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