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Luiz Fara Monteiro

Trump quer proibir companhias aéreas chinesas de sobrevoar a Rússia em rotas dos EUA

Departamento de Transportes dos EUA alega que chinesas se beneficiam da redução do tempo de voo e do consumo de combustível usando o espaço aéreo russo

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Aéreas chinesas sobrevoam espaço aéreo russo em rotas de e para os EUA Mark Tang via Wikimedia Commons

Em um novo capítulo da batalha comercial que trava com a China, a administração Trump propôs nesta quinta-feira (9) proibir companhias aéreas chinesas de sobrevoar a Rússia em rotas de ida e volta para os Estados Unidos. A alegação americana é a de que a redução no tempo de voo que essa prática permite coloca as companhias aéreas americanas em desvantagem.

A proposta é mais uma escalada da guerra comercial entre as duas maiores economias do mundo e foi anunciada depois que Pequim reforçou os controles sobre as exportações de terras raras, cruciais para algumas indústrias dos Estados Unidos. Terras raras são elementos químicos custosos de extrair e separar dos minerais onde são encontrados. E são essenciais para a produção de tecnologias modernas, como telas de celulares, carros elétricos, turbinas eólicas e equipamentos de defesa, devido às suas propriedades magnéticas e de emissão de luz. Os países com as maiores reservas mundiais de terras raras no mundo são, nesta ordem, a China, o Brasil e a Índia.


As companhias aéreas dos Estados Unidos criticam há muito tempo a decisão de permitir que as concorrentes chinesas usem o espaço aéreo russo em rotas dos EUA porque isso lhes dá a vantagem de reduzir o tempo de voo e consumir menos combustível, reduzindo os custos operacionais. O combustível é um dos itens mais custosos em operações aéreas.

A Rússia proibiu companhias aéreas americanas e muitas outras estrangeiras de sobrevoar seu espaço aéreo em retaliação à proibição de voos russos sobre os EUA por Washington em março de 2022, depois que o país invadiu a Ucrânia.


As companhias aéreas chinesas não foram proibidas e têm usado essa vantagem para aumentar sua participação de mercado em comparação às companhias aéreas não chinesas em rotas internacionais.

O Departamento de Transportes dos EUA disse na quinta-feira, em sua proposta de ordem, que a situação atual era “injusta e resultou em efeitos competitivos adversos substanciais nas transportadoras aéreas dos EUA”.


A proposta atual de aplicar a restrição de sobrevoo às autorizações de companhias aéreas estrangeiras emitidas pelos EUA não se aplica a voos somente de carga, acrescentou.

Um porta-voz do Ministério das Relações Exteriores da China disse na sexta-feira que as restrições não eram propícias a trocas entre pessoas. Segundo a Reuters, as ações listadas na China continental das três maiores companhias aéreas do país caíram na sexta-feira, lideradas pela China Southern, que recuou 1,3%. Air China e China Eastern caíram 1,26% e 0,95%, respectivamente.


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