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Entidades do agro defendem Secretaria de Agricultura e rebatem suspeitas sobre regularização ambiental em São Paulo

Organizações destacam transparência e rigor técnico na validação do Cadastro Ambiental Rural

Mundo Agro|Fabi GennariniOpens in new window

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Organizações do agro reafirmam confiança no processo de validação do CAR em São Paulo Foto cedida: Secretaria de Agricultura e Abastecimento de São Paulo

Entidades representativas do agronegócio paulista manifestaram apoio à Secretaria de Agricultura e Abastecimento do Estado de São Paulo em defesa da condução técnica e transparente da política de regularização ambiental, especialmente no processo de validação do Cadastro Ambiental Rural (CAR).

A reação veio após a publicação, por um portal de notícias, de uma reportagem que apontou um possível conflito de interesses envolvendo o secretário de Agricultura de São Paulo, Guilherme Piai (Republicanos). Segundo o texto, Piai teria ligação comercial com a empresa Ambientale Ativos Florestais, ligada à família Maggi, que presta serviços de consultoria para produtores rurais na obtenção e regularização do CAR — processo cuja validação depende da secretaria que ele comanda.


A Organização das Cooperativas do Estado de São Paulo (OCESP), que representa mais de mil cooperativas, divulgou nota de repúdio à reportagem, afirmando que o conteúdo “faz sérios ataques ao trabalho de regularização do CAR no Estado de São Paulo e ignora o histórico de transparência, legalidade e eficiência da Secretaria”.

Segundo a OCESP, a validação do CAR “é um ato 100% técnico, realizado exclusivamente por servidores concursados, sem qualquer ingerência política ou empresarial”.


Outras entidades do setor também manifestaram apoio à Pasta. A Associação Rural Vale do Rio Pardo (ASSOVALE), o Sindicato Rural e a Associação Rural de Ribeirão Preto destacaram a seriedade do trabalho desenvolvido pela equipe técnica da Secretaria.

“A reportagem distorce fatos e desconsidera o trabalho técnico, ético e transparente desenvolvido pela Secretaria de Agricultura. São Paulo se tornou referência nacional em eficiência administrativa e rastreabilidade das análises ambientais”, afirmaram as entidades.


A Secretaria de Agricultura reforçou, em comunicado, que a validação do CAR é “um ato integralmente técnico, administrativo e rastreável, realizado por servidores concursados da Coordenadoria de Regularização Ambiental Rural e da Diretoria de Assistência Técnica Integral”.

A Pasta também esclareceu que, embora produtores rurais possam contratar consultorias privadas para elaborar o CAR, “a validação é ato exclusivo do Estado, sem participação externa”.


Há pouco mais de dois anos, São Paulo adotou o sistema de análise dinamizada do Ministério do Meio Ambiente, que automatiza etapas para pequenas propriedades e acelera o processo de regularização. O resultado é expressivo: mais de 200 mil CARs já foram validados, um aumento de quase dez vezes no período.

Guilherme Piai, Secretário de Agricultura e Abastecimento do estado de São Paulo, presidente do Conseagri (Conselho de Secretários de Agricultura) e produtor rural Foto cedida: Secretaria de Agricultura e Abastecimento do estado de São Paulo

“O avanço é fruto de um trabalho contínuo de modernização e comprometimento técnico. O sistema paulista é um dos mais transparentes do país, com dados abertos e rastreáveis”, destacou a Secretaria.

São Paulo é um dos poucos estados brasileiros que disponibiliza um painel público com dados do CAR, boletins mensais e indicadores de avanço da regularização ambiental — garantindo rastreabilidade e conformidade com a Lei Geral de Proteção de Dados (LGPD). O painel pode ser acessado em www.car.agricultura.sp.gov.br.

Além disso, órgãos como o Ministério Público, a Polícia Ambiental, a Secretaria de Meio Ambiente e cartórios têm acesso aos dados para fins de controle e fiscalização.

As entidades ressaltam que o Estado avança na combinação entre sustentabilidade, segurança jurídica, modernização e competitividade internacional.

“O CAR não é apenas um instrumento de regularização ambiental, mas também uma exigência para acesso a mercados e certificações. São Paulo mostra que é possível conciliar preservação, transparência e competitividade”, afirmaram as associações.

Com mais que o dobro de validações em relação ao segundo colocado, o Espírito Santo, o setor agropecuário paulista amplia suas vantagens competitivas. Produtores com o CAR validado enfrentam menos barreiras na comercialização, têm mais facilidade na obtenção de crédito e acesso a certificações ambientais, além de estarem menos expostos a questionamentos sobre a regularidade de suas propriedades.

“A validação do CAR é um selo de responsabilidade ambiental e um diferencial competitivo para o agro paulista”, concluíram as entidades.

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