Setor de fertilizantes projeta recorde em meio a desafios
Estimativa aponta alta de 1% sobre 2024, apesar de desafios logísticos e de custo

Mesmo diante de um cenário desafiador, o Brasil deve registrar um novo recorde na entrega de fertilizantes em 2025.
Segundo projeção da Agrinvest, divulgada no 19º Simpósio Sindiadubos NPK 2025, realizado em Curitiba, o país deve alcançar 48,2 milhões de toneladas — um aumento de 1% em relação ao ano anterior.
O crescimento, porém, vem acompanhado de uma mudança no perfil dos produtos.
“Os produtores brasileiros, pressionados pelos custos, optaram por fertilizantes com menor concentração de nutrientes, sobretudo importados da China”, explicou o presidente do Sindiadubos-PR, Aluisio Schwartz Teixeira.
Entre 2024 e 2025, o Brasil dobrou as importações de supersimples e NP, além de ampliar em 1,5 milhão de toneladas as compras de sulfato de amônio.
Apesar da redução de nutrientes, o analista da Agrinvest, Jeferson Souza, afirmou que a produtividade das lavouras não deve ser comprometida, graças às reservas de fósforo acumuladas no solo nos últimos anos. O setor, contudo, ainda enfrenta gargalos logísticos e altos índices de inadimplência, além de custos com frete.
Mesmo assim, as perspectivas são otimistas.
“O Brasil continua ampliando investimentos e consolidando sua posição como potência agrícola mundial. A marca de 50 milhões de toneladas de fertilizantes entregues pode ser alcançada antes de 2030”, projeta Teixeira.
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