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Suinocultura brasileira avança em bem-estar animal, aponta 6ª edição do Observatório Suíno

Levantamento inédito mostra crescimento de 16,5% no alojamento coletivo de porcas gestantes e expansão de sistemas “cobre e solta”

Mundo Agro|Fabi GennariniOpens in new window

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6ª edição do Observatório Suíno mostra crescimento no alojamento coletivo e sistemas éticos Foto cedida: ONG Alianima

A suinocultura brasileira mantém-se entre as mais relevantes do mundo, com 5,3 milhões de toneladas produzidas em 2024, 46,6 milhões de animais abatidos e 2,1 milhões de matrizes ativas, um crescimento de 52,8% nos últimos 10 anos.

O país segue como quarto maior produtor global, atrás de China, União Europeia e Estados Unidos, e a Ásia continua sendo o principal destino das exportações, com 63,8% da carne destinada a Filipinas, China, Hong Kong, Japão e Singapura.


Neste cenário de alta competitividade, o bem-estar animal passou a ser um fator decisivo para o posicionamento internacional do Brasil.

A 6ª edição do Observatório Suíno, produzido pela Alianima, mostra avanços significativos: o alojamento coletivo de porcas gestantes cresceu 16,5% nos últimos quatro anos, enquanto sistemas mais avançados como o “cobre e solta” ganham espaço, com 67% das empresas assumindo compromissos para novas instalações baseadas nesse modelo.


Maria Fernanda Martin, gerente de relações corporativas e bem-estar animal da Alianima Foto cedida: Ethel Braga

“Observamos avanço na gestação coletiva e nos compromissos públicos para adoção do sistema cobre e solta, indicando maturidade técnica do setor e busca por qualificação ativa,” disse Maria Fernanda Martin, gerente de relações corporativas e bem-estar animal da Alianima.

Entre os fornecedores, empresas como JBS, Alegra e Pamplona se destacam na transição para sistemas éticos de alojamento, com JBS atingindo 98% de matrizes em alojamento coletivo.


O relatório também aponta avanços em manejo de leitões: 100% das empresas seguem sem castração cirúrgica, e 78% já eliminaram o desgaste de dentes. Ainda assim, práticas como corte de orelhas e cauda permanecem desafiadoras devido ao alto custo, riscos e complexidade de alternativas viáveis.

O Observatório Suíno reafirma que a transparência, rastreabilidade e compromisso com o bem-estar animal são fatores estratégicos para a competitividade global da suinocultura brasileira, consolidando avanços em direção a uma indústria mais ética e sustentável.

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