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Tarifa dos EUA ameaça exportações do agro e pressiona custos no Brasil

Especialista aponta efeitos imediatos da alta do dólar e alerta que a sobretaxa de 50% pode inviabilizar vendas de café, suco de laranja e carne bovina

Mundo Agro|Fabi GennariniOpens in new window

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Tarifaço do Trump ameaça agronegócio brasileiro Foto: Arquivo pessoal

O anúncio de uma tarifa de 50% sobre produtos brasileiros nos Estados Unidos acendeu um alerta no agronegócio. Segundo o professor Felippe Serigati, da FGVAgro, os impactos devem ocorrer tanto no curto quanto no médio prazo, com efeitos diretos sobre os custos de produção e a competitividade internacional.

“Uma tarifa de 50% praticamente inviabiliza as operações. Não é protecionismo, é punição,” afirmou Serigati.


RESUMO DA NOTÍCIA

  • Tarifa de 50% dos EUA sobre produtos brasileiros causa preocupação no agronegócio.
  • A alta do dólar pressiona os custos de produção, afetando a competitividade das exportações.
  • Produtos como café, suco de laranja e carne bovina podem perder mercado internacional.
  • Possível redirecionamento das mercadorias para outros mercados é cauteloso quanto a preços no Brasil.

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A valorização do dólar já pressiona a compra de insumos como fertilizantes e defensivos agrícolas, encarecendo a produção nacional. No caso das exportações, o cenário é ainda mais delicado.

“Não compraria essa ideia de que o produto vai ficar mais barato no Brasil porque não foi exportado,” ponderou o professor.


Felippe Serigati, professor da FGVAgro Foto cedida: FGV

Produtos como café, suco de laranja e carne bovina perderiam competitividade frente a concorrentes internacionais, mesmo em mercados onde o Brasil é líder absoluto.

“O rebanho nos Estados Unidos está no menor nível desde os anos 1950. Eles precisam importar carne, e o Brasil é um dos principais fornecedores. E mesmo com a barreira dos EUA, a carne bovina brasileira pode ser redirecionada para outros mercados aquecidos, disse Serigati.”


Apesar da possibilidade de redirecionamento dessas mercadorias ao mercado interno ou a outros destinos, Serigati é cauteloso quanto a uma eventual queda de preços para o consumidor brasileiro.

“Não vou garantir queda de preços no mercado interno. Há outros destinos possíveis, e redirecionamento leva tempo”, explicou o professor.

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