Além de Ramagem, PF interroga policial e militares no inquérito sobre suposta tentativa de golpe
Deputado federal é acusado de usar a Abin para interesses privados, incluindo a defesa de Eduardo Bolsonaro
Provas reunidas no inquérito que investiga uma suposta espionagem paralela dentro da Abin (Agência Brasileira de Inteligência), sob a direção do delegado e agora deputado federal Alexandre Ramagem, foram compartilhadas com a investigação sobre tentativa de golpe de Estado.
Nesta terça-feira (5), às 14h, Ramagem será interrogado presencialmente na sede da PF, enquanto o policial federal Marcelo Bormevet, preso desde julho, e o militar Giacarlo Gomes Rodrigues serão ouvidos online.
Ambos são investigados por suposto uso da Abin para interesses privados, incluindo a defesa do senador Eduardo Bolsonaro no caso da “rachadinha”.
Na quarta-feira (6), cinco militares – um general e quatro coronéis – também serão interrogados, alguns presencialmente e outros por vídeo.
Já estão apontados como certos os indiciamentos do ex-presidente Jair Bolsonaro, de Anderson Torres, ex-ministro da Justiça e Segurança Pública, do general Braga Netto, ex-ministro da Defesa, do general Augusto Heleno, ex-chefe do Gabinete de Segurança Institucional, e do almirante Almir Garnier, ex-comandante da Marinha. O ex-ministro Paulo Sérgio Nogueira está entre os possíveis indiciados.
Os interrogatórios desta terça-feira serão cruciais para definir o rumo de Ramagem, Bormevet e Rodrigues, que ainda não têm indiciamento decidido.
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