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Atraso do delegado, tensão com prisão de colegas e aviso da PF sobre pedido de rescisão da delação: Os bastidores do depoimento de Mauro Cid

Em uma conversa informal após o interrogatório, o delegado que conduz o processo de delação premiada do coronel Mauro Cid avisou que pediria rescisão da delação

Natália Martins|Natália MartinsOpens in new window

Mauro Cid prestou novo depoimento após prisão de militares envolvidos em possível tentativa de golpe WILTON JUNIOR/ESTADÃO CONTEÚDO - 19/11/2024

O depoimento iniciou com duas horas de atraso e muita tensão para o coronel Mauro Cid, que viu, no noticiário, quatro colegas militares serem presos pela PF (Polícia Federal) logo cedo. Segundo pessoas próximas, Cid só se lembrava do depoimento em que acabou preso, no STF, após vazamento de uma conversa em que ele desqualificava a condução da Polícia Federal e afirmava que suas declarações teriam sido utilizadas fora de contexto pelos investigadores.

O delegado da Polícia Federal responsável pela condução do inquérito estava voltando, com atraso, do Rio de Janeiro, para onde foi acompanhar a Operação Contragolpe, deflagrada no mesmo dia, pela manhã. O delegado conduziu as perguntas e o interrogatório durou menos de duas horas, diferentemente da maioria de seus depoimentos, que já levaram mais de 10 horas.

Mauro Cid não foi questionado diretamente sobre o que teria apagado em seu celular, mas sobre o motivo das prisões do dia: o plano para assassinar o Presidente e Vice-Presidente eleitos, Luiz Inácio Lula da Silva e Geraldo Alckmin, além do ministro Alexandre de Moraes, do STF (Supremo Tribunal Federal).

Ao final do depoimento, Cid e sua equipe de advogados foram informados de que teriam que aguardar o fim de outro depoimento que acontecia na sede da PF ao mesmo tempo, o do Policial Federal preso na Operação Contragolpe, Wladimir Matos Soares, suspeito de colaborar com informações de dentro da equipe de segurança do presidente Lula para o grupo que supostamente pretendia assassiná-lo.


Ao final, Cid foi avisado, pelo delegado do caso, de que a PF solicitaria ao STF a rescisão dos benefícios da delação premiada por supostas omissão e contradições do militar.

O STF marcou para amanhã, na corte, uma audiência com Mauro Cid para definir se pede ou não rescisão dos benefícios da delação. O próprio ministro Alexandre de Moraes é quem vai interrogar Cid.


Enquanto isso, a Policia Federal finaliza o inquérito que investiga uma suposta tentativa de golpe e deve entregar ao Supremo até esta sexta-feira(22). Mauro Cid está entre os indiciados.

Os textos aqui publicados não refletem necessariamente a opinião do Grupo Record.

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