Castro compra outra briga com Ministério da Justiça ao anunciar transferência de líderes do CV
Post do governador do Rio de Janeiro, que anunciou a transferência de líderes presos durante a operação do mês passado para presídios federais, irritou também a Senappen
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Mais uma vez, o governador do Rio de Janeiro, Cláudio Castro (PL), provocou ruído com o Ministério da Justiça e a Senappen (Secretaria Nacional de Políticas Penais), responsável pelas cinco penitenciárias federais do país.
O motivo, desta vez, foi uma postagem nas redes sociais em que o governador anunciou a transferência de sete líderes do Comando Vermelho para penitenciárias federais de segurança máxima.
A divulgação irritou integrantes das duas instituições, que costumam manter sigilo absoluto em ações desse tipo.
A preocupação é evitar que integrantes das facções sejam avisados e que imagens exponham detalhes das operações, o que pode comprometer a segurança dos policiais penais federais envolvidos e deixar brechas para riscos de tentativa de resgate.
Nos posts, Castro afirmou ter conseguido as vagas nos presídios federais “depois de procurar o Ministério da Justiça” e celebrou o que chamou de mais uma etapa no enfrentamento ao crime. “Não vamos permitir que o Rio de Janeiro vire um resort do crime”, escreveu.
Veja:
Sete presos já começaram a ser transferidos para presídios federais.
— Cláudio Castro (@claudiocastroRJ) November 12, 2025
Com essas novas remoções, já são 42 líderes criminosos transferidos do Rio de Janeiro no meu governo.
O enfrentamento ao crime é permanente. Não vamos permitir que o Rio de Janeiro vire um resort do crime. pic.twitter.com/guqvL4lS2O
Nos bastidores, fontes do MJ e da Senappen relataram descontentamento com o tom triunfalista do governador e com o televisionamento da transferência dos presos.
Oficialmente, a Senappen informou que “as vagas solicitadas pelo governo estadual foram pronta e integralmente atendidas”.
“As transferências ocorrem conforme o rito processual estabelecido com o Poder Judiciário, que analisa individualmente cada pedido e autoriza a inclusão dos presos nas unidades federais. A operação desta quarta-feira contempla os sete custodiados já autorizados judicialmente”, diz em nota.
Castro afirmou a jornalistas no Congresso Nacional que ninguém avisou a ele sobre o sigilo de operações assim. “Não chegou lá em nenhum momento pedindo para que não se falasse. [...] Antes de criticar, tem que orientar. Não orienta e depois critica, parece que é má-vontade”, apontou.
“Estado sozinho”
O episódio reacende o clima de tensão entre o Palácio Guanabara e o governo federal.
Em outubro, durante a megaoperação policial nos complexos do Alemão e da Penha, o governador acusou o Ministério da Justiça de “deixar o Estado sozinho” no combate ao tráfico.
A pasta rebateu publicamente, dizendo ter atendido todos os pedidos do Rio para atuação da Força Nacional.
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