Até grupo radical pró-boicote se renderia à vacina de Israel
Descoberta de como neutralizar o coronavírus teria importância ainda maior para Israel, na busca de superar hostilidade de alguns grupos
Nosso Mundo|Eugenio Goussinsky, do R7
Neste momento, o mundo passa por uma mudança. E para Israel, ela pode ser definitiva, caso o país descubra a vacina contra o covid-19.
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A transformação já está em andamento, junto com as pesquisas realizadas pelo Instituto Israelense de Pesquisa Biológica, localizado na cidade de Ness Ziona.
Em troca das gotas do que se projeta ser uma vacina oral, o Irã, assolado por essa doença que deixou cerca de 4 mil mortos, por exemplo, jamais bombardearia áreas próximas do centro de pesquisas. Isso se estende, por tabela, a qualquer região de Israel.
Até o radical BDS (Boicote, Desinvestimento, Sanções) movimento que trabalha para boicotar produtos israelenses, em represália a questões relativas à causa palestina, admite publicamente se render a uma vacina israelense contra o novo coronavírus.
O próprio fundador do movimento, Omar Barghouti, afirmou, em um vídeo divulgado no Facebook, que, se Israel encontrar uma vacina contra o coronavírus, não haverá boicote contra o produto salvador, conforme divulgou o The Jerusalem Post.
"Se Israel encontrar uma cura para o câncer, por exemplo, ou qualquer outro vírus, não há problema em cooperar com Israel para salvar milhões de vidas", disse.
Ele acrescentou.
"Se você usa equipamentos médicos de Israel - não há problema. A cooperação com Israel contra o vírus, não consideramos que seja normalização (das relações)", garantiu.
Apesar da tentativa dele em manter um distanciamento, a impressão é a de que o panorama se modificou com esse cenário de pandemia. A declaração de Barghouti em seguida aponta neste sentido.
“Até agora, não estávamos em uma situação (como esta) em que precisamos urgentemente de Israel e ninguém mais pode nos salvar, a não ser Israel. Se isso acontecer, salvar vidas é mais importante do que qualquer outra coisa.”
A vitória sobre o novo coronavírus, assim, pode acabar isolando alguns grupos contrários a Israel. Um primeiro passo já havia sido dado por meio da política de inovações que se tornou prioridade no país.
Mesmo com Israel já tendo retomado algumas relações com países como os Emirados Árabes e a Arábia Saudita, antes inimigos declarados, no entanto, movimentos como o BDS; países como o Irã e Síria e alguns grupos radicais têm resistido às inovações encabeçadas por Israel.
Desta forma o Waze; o desenvolvimento do Copaxone, medicamento imunomodulador para o tratamento de esclerose múltipla; a descoberta das proteínas Interferon, produzidas pelos leucócitos e fibroblastos para atuar na defesa de células por meio da replicação de vírus, fungos, bactérias e células de tumores, não serviram para diminuir a hostilidade deles.
Agora, apesar de ainda declarar a necessidade de se opor a produtos israelenses, ainda que indiretamente, Barghouti deixou no ar uma possibilidade de abertura. E o importante papel desenvolvido pelos cientistas israelenses.
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Também por isso Israel tem entrado com intensidade nesta corrida por uma vacina que neutralize o coronavírus. E mesmo se a descoberta não ocorrer em território israelense, certamente todas as nações que realizaram a pesquisa terão dado alguma contribuição.
A façanha, no entanto, tem uma importância ainda maior para o país, em termos de propaganda positiva.
Além de aliviar a humanidade com a prevenção definitiva do covid-19, a possível vacina tem como ajudar na cura de algumas feridas, causadas por outro vírus terrível: o da intolerância.
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