Corinthians precisa ter coragem e jogar em função de Boselli
Não é possível que um atacante com experiência internacional, que marcou 222 gols na carreira, esteja rendendo tão pouco; não é culpa dele
Nosso Mundo|Eugenio Goussinsky, do R7
É impossível ver Boselli correr de um lado para o outro, buscar jogo e ter uma atuação quase inoperante pelo Corinthians e não se perguntar o que acontece com o bom atacante argentino.
Lancellotti: Uma outra atuação medíocre do "Timão", só 0 X 0 com o Santos
A resposta pode desvendar as principais dificuldades de Fábio Carille na montagem da equipe. Para ele, parece que basta colocar o atacante que isso já é suficiente. Não. Para um atacante funcionar, é preciso ter um esquema que, efetivamente, leve em consideração o ataque.
Neste jogo contra o Santos, houve até uma evolução tática, com Vágner Love jogando mais como um segundo atacante, perto da área. E não como um ponta, ou até lateral, função que ele exerceu, por exemplo, contra o São Paulo.
A mudança não surtiu muito efeito. É preciso mais. Não é possível que um atacante com experiência internacional, que marcou 222 gols na carreira, esteja rendendo tão pouco na equipe. Não é culpa dele.
A questão é que o esquema corintiano claudica quando ataca. É incompleto. Não há meias de aproximação. Não há variações em jogadas com Pedrinho, o jogador mais criativo do time, que apenas entra em diagonal. Os laterais quase não avançam para a linha de fundo.
Leia também
O próprio Carille já repetiu várias vezes que falta profundidade ao Corinthians. Os jogadores continuam com as explicações de "que não estão pisando na área".
É hora de jogadores e técnico pararem um pouco com clichês e encontrarem um esquema que respeite as características dos atacantes. Parafraseando o ditado, não basta parecer que se quer atacar. É preciso querer atacar.
Grafitada! Corinthians lança nova camisa pré-jogo. Confira imagens
Os textos aqui publicados não refletem necessariamente a opinião do Grupo Record.