Com 20 votos a menos na recondução à PGR, Gonet não fez ‘beija-mão’ no Senado
Ala governista trabalhou nos bastidores para garantir o apoio ao PGR
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Aprovado para um novo mandato à frente da PGR (Procuradoria-Geral da República), Paulo Gonet teve 20 votos a menos no processo conduzido pelo Senado em relação a 2023, quando recebeu o aval dos senadores para chefiar o órgão pela primeira vez.
Durante a sabatina do procurador na CCJ da Casa, o tema principal foi a atuação de Gonet no processo da trama golpista, em que ele denunciou o ex-presidente Jair Bolsonaro (PL) e aliados por tentativa de golpe. A oposição criticou a atuação do procurador, alegando que ele agiu politicamente.
Diferentemente de 2023, em que fez visitas nos gabinetes dos senadores buscando apoio durante o processo de recondução, desta vez o procurador não fez o “beija-mão” esperado pelos parlamentares.
Apesar disso, ainda obteve quatro votos a mais do que o número necessário para a recondução. Senadores ouvidos pelo R7 Planalto avaliaram que, se o PGR tivesse visitado alguns gabinetes, teria angariado mais votos.
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A ala governista trabalhou nos bastidores para garantir o apoio mínimo a Gonet, articulando o fechamento de questão de algumas bancadas. Contudo, a avaliação é de que o procurador chega “enfraquecido” ao posto.
A votação no Senado antecede a sabatina que a Casa terá de fazer ao novo indicado pelo presidente Luiz Inácio Lula da Silva ao STF (Supremo Tribunal Federal). Um dos nomes mais cotados é o do ministro da AGU (Advocacia-Geral da União), Jorge Messias.
Indiretamente, Messias enfrenta uma disputa com o ex-presidente do Senado Rodrigo Pacheco (PSD-MG), favorito do Senado para o STF.
Mesmo com a resistência da Casa ao nome de Messias, o entendimento do Senado é de que a recondução do Gonet não está relacionada à eventual indicação do AGU.
O placar de votação do futuro ministro dependeria do presidente do Senado, Davi Alcolumbre (União-AP), segundo parlamentares ouvidos pelo R7 Planalto.
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