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Descarbonizar a indústria, mas crescer: a estratégia que será lançada por Alckmin na COP30

Ministério do vice-presidente estruturou proposta ousada para reduzir emissões de gás carbono

R7 Planalto|Edis Henrique Peres, do R7, em BrasíliaOpens in new window

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LEIA AQUI O RESUMO DA NOTÍCIA

  • O governo brasileiro, liderado por Geraldo Alckmin, planeja descarbonizar a indústria enquanto promove seu crescimento.
  • A estratégia foca em indústrias de alta emissão, como químico, vidro, papel, celulose, cimento e aço.
  • As associações desses setores foram alinhadas para se comprometerem publicamente com a redução de emissões de carbono.
  • O governo oferecerá políticas de apoio e financiamento para garantir que a transição para processos mais limpos não comprometa o crescimento industrial.

Produzido pela Ri7a - a Inteligência Artificial do R7

Governo quer apoiar indústrias para reduzir emissão de carbono Fernando Frazão/Agência Brasil - arquivo

O Ministério do Desenvolvimento, Indústria, Comércio e Serviços, chefiado pelo vice-presidente Geraldo Alckmin, tem uma meta ousada: crescer a indústria ao mesmo tempo que descarboniza os procedimentos que mais emitem gás carbônico.

Em entrevista exclusiva ao R7 Planalto, a secretária de Economia Verde, Descarbonização e Bioindústria, Júlia Cruz, contou em detalhes a estratégia do governo para alcançar esse objetivo.


“A gente tem uma estratégia de descarbonização da indústria. Queremos pegar os setores onde é mais difícil abandonar o petróleo e apoiá-los para fazer essa transição. Então, pegamos os carbono-intensivos, que emitem mais energia, para serem o foco dessa ação”, explicou.

Júlia pondera que como o Brasil já tem uma matriz energética limpa, em comparação com outros países, quando falamos de descarbonizar a indústria precisamos pensar em como fazer isso em processos produtivos.


“O que é difícil, como o caso do cimento. 70% das emissões do setor de cimento vem da reação química que produz o cimento. Como é que você descarboniza um setor desses?”, questiona.

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Por isso, a estratégia do governo é focar justamente nas indústrias que mais emitem carbono: químico, vidro, papel, celulose, cimento e aço. “Estamos reunindo as associações representativas desses setores para que elas se comprometam publicamente com a estratégia nacional de redução de carbono. E o setor aceitou, inclusive se permitiu ser mais ousado do que o governo pediu. Mas pediu o apoio do governo para isso”, explicou.


Assim, o governo brasileiro se comprometeu a garantir políticas de apoio e financiamentos para esses setores. “A intenção é reduzir a intensidade das emissões, mas ainda permitir que a indústria cresça, porque não adianta nada a gente só diminuir a emissão quebrando a indústria. A gente quer crescer e, ao fazer isso, descarbonizar”, defendeu Júlia.

O objetivo do governo é atuar em frentes como: fomento à pesquisa, desenvolvimento e capacitação, insumos para a descarbonização e disponibilização desses recursos, e coordenação dessas ações para garantir instrumentos de certificação e regulação e ainda compras públicas de parte dessa produção.

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Os textos aqui publicados não refletem necessariamente a opinião do Grupo Record.

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