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Ministério do Meio Ambiente quer aumentar em 360 mil hectares áreas verdes urbanas até 2045

Meta está em plano de arborização urbano que será lançado na COP30 em Belém; veja detalhes exclusivos

R7 Planalto|Edis Henrique Peres, do R7, em BrasíliaOpens in new window

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LEIA AQUI O RESUMO DA NOTÍCIA

  • Ministério do Meio Ambiente pretende aumentar 360 mil hectares de áreas verdes urbanas até 2045.
  • A meta faz parte do PlaNAU, que será lançado durante a COP30 em Belém.
  • Plano inclui benefícios para saúde pública, qualidade do ar e bem-estar mental da população.
  • Desafios de financiamento serão abordados, utilizando 10% das multas ambientais para arborização.

Produzido pela Ri7a - a Inteligência Artificial do R7

Plano prevê aumentar quantidade de áreas verdes nas cidades Jaelson Lucas/SMCS - arquivo

O Ministério do Meio Ambiente estabeleceu uma meta ousada para 2045: aumentar em 360 mil hectares as áreas verdes no perímetro urbano. A medida consta no PlaNAU (Plano Nacional de Arborização Urbana) que será lançado pela pasta nos próximos dias durante a COP30 em Belém (PA). Essa é a primeira vez que o governo federal constrói um plano nacional de planejamento pela arborização.

Em entrevista exclusiva ao R7 Planalto, a coordenadora-geral do Departamento do Meio Ambiente Urbano do ministério, Jennifer Viezzer, adiantou que o plano estabelece três principais objetivos:


  • Aumentar para 65% a porcentagem de moradores com três árvores ou mais no entorno do domicílio — o índice atual é de 45,5%;
  • Ampliar 360 mil hectares de cobertura vegetal em regiões urbanas;
  • Atingir 100% dos estados e municípios com instrumentos de planejamento para a arborização urbana até 2045.

Segundo Jennifer, só a primeira medida “representa cerca de 40 milhões de pessoas a mais vivendo em ambientes mais arborizados”.

A especialista reforça que a estratégia pode trazer resultados para a saúde pública e a qualidade de vida das pessoas e é capaz de “promover a biodiversidade, proteger a água e o solo, reduzir o risco de desastres, melhorar a qualidade do ar, atenuar o barulho e embelezar as cidades”.


Gerando, inclusive, benefícios à saúde mental das pessoas. “A arborização urbana contribui para redução de sintomas de depressão, ansiedade, estresse, fadiga; fortalecimento do sistema imunológico; e redução de doenças e mortes respiratórias, cardiovasculares, cerebrovasculares”, lista.

Desafios

O PlaNAU estabelece objetivos de longo, médio e curto prazo, sendo que a cada cinco anos, o plano será revisto. Ao todo, o documento prevê 93 ações que foram construídas pelo governo federal em diálogo com os municípios.


Jennifer, no entanto, reconhece os desafios da medida, principalmente no que diz respeito ao financiamento. Por isso, a pasta pretende usar o dispositivo da lei 13.731 que estabelece que 10% das multas por ações lesivas ao meio ambiente devem ser direcionadas para a arborização urbana.

A coordenadora conta, ainda, que o objetivo é realmente trazer uma mudança de paradigma para os gestores. “Pensar na árvore antes de pensar no resto”, defendeu.


A especialista detalha que o plano faz uma série de orientações para que a expansão urbana não ocorra sobre remanescentes de vegetação que ainda existem ou de forma desordenada.

Questionada sobre o desafio de ampliar a arborização sobre cidades sem tanta infraestrutura, Jennifer defendeu que a proposta do plano é perceber que as cidades “não são estáticas”.

“Não é porque uma área está consolidada que ela precisa se manter da forma como tá. A gente traz essa proposta da arborização como uma infraestrutura essencial para qualidade de vida das cidades e no seu plano de ação a gente pretende elaborar o que a gente chama de modelos de restauração e de arborização para diferentes tipos de territórios”, finalizou.

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