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Mulheres negras são mais da metade das empreendedoras em favelas brasileiras, diz pesquisa

75% dos empreendedores desses locais são negros e 55% são mulheres, segundo dados de pesquisa inédita obtida pelo R7 Planalto

R7 Planalto|Edis Henrique Peres, do R7, em BrasíliaOpens in new window

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Pesquisa inédita revela que mulheres negras movem economias em favelas Tânia Rêgo/Agência Brasil - arquivo

As mulheres negras são mais da metade das empreendedoras em favelas brasileiras e têm o dia a dia marcado por jornadas triplas de trabalho. Os dados são de pesquisa inédita obtida pelo R7 Planalto, feita pelo Instituto DataFavela e encomendada pela VR.

O levantamento traça o perfil e as condições de trabalho de quem faz a economia girar nas favelas do país. Os dados apontam que 75% dos empreendedores nessas regiões são negros, 55% são mulheres e 48% têm entre 35 e 59 anos.


Segundo a pesquisa, pelo menos 68% dessas mulheres dedicam mais de três horas diárias aos cuidados da casa e dos filhos, o que reduz o tempo disponível para formação, gestão e expansão.

Metade dos entrevistados completou somente o ensino médio e nove em dez mantêm sua atividade dentro da própria favela. A atuação desses empreendedores é marcada pela informalidade, e voltada para os mesmos locais em que nasceram, devido a necessidades econômicas.


Para os pesquisadores, o protagonismo das mulheres negras no empreendedorismo tem relação com o impacto que a pandemia deixou no trabalho e na renda familiar.

Nesse contexto, criar algo próprio tornou-se uma necessidade econômica: sete em cada dez iniciaram o trabalho há menos de 5 anos e 45% quando a situação de saúde pública se estabilizou.


Atualmente, 81% se dedicam exclusivamente ao negócio, sem outra fonte de renda. Os setores mais frequentes são alimentação e bebidas (45%), beleza (13%), moda (12%) e artesanato (8%).

A pesquisa entrevistou presencialmente duas mil pessoas em todas as regiões do país.

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