O senador menos petista entre os petistas
Eleito pelo Espírito Santo, Fabiano Contarato assume presidência da CPI do Crime Organizado

Eleito em 2019 para o primeiro mandato como senador pelo Espírito Santo, Fabiano Contarato ocupa um espaço singular dentro do Partido dos Trabalhadores. Delegado da Polícia Civil por quase três décadas, o parlamentar adota posições que muitas vezes divergem das da própria legenda, especialmente em temas ligados à segurança pública.
Com o anúncio da criação da CPI do Crime Organizado, o nome de Contarato surgiu de imediato como o preferido do governo para presidir a comissão. A escolha buscou equilibrar a liderança da pauta com a manutenção da unidade partidária. Diferente do ocorrido na CPMI do INSS, a articulação governista teve êxito na terça-feira.
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Embora mantenha sintonia com o PT em diversas frentes, Contarato se destaca por decisões que o afastam do posicionamento majoritário do partido. Em 2023, ele votou ao lado da oposição pela proibição das “saidinhas” de presos em feriados. Ao justificar o voto, afirmou que o sistema prisional já concede benefícios suficientes, como a progressão de regime.
O senador também apoiou propostas que concedem porte de armas a agentes socioeducativos e servidores da Funai. Segundo ele, a medida é necessária em razão do risco enfrentado por esses profissionais. Outro ponto defendido por Contarato é o aumento do tempo máximo de internação de adolescentes em conflito com a lei, de três para cinco anos.
No Congresso, o nome de Contarato é visto como o de um parlamentar de atuação independente, reconhecido por não seguir integralmente as orientações partidárias. A postura, entretanto, não o exime das críticas da oposição, que mantém ataques constantes ao PT.
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