PF compara organização do ‘Orçamento Secreto’ a ‘conta de padaria’
Escrito à mão, bilhete realocava emendas entre municípios do Ceará
Durante a investigação sobre o esquema de irregularidades no empenho de emendas parlamentares, conhecido como “Orçamento Secreto”, a PF encontrou uma folha com anotações, feitas a mão, que redirecionava recursos destinados à cidade de Nova Russa para o município de Reriutaba. Ambos no Ceará.
A mudança de rota ocorreu, segundo a PF, a pedido do deputado Júnior Mano (PSB-CE). Quem teria feito a alteração é Mariângela Fialek, conhecida como “Tuca”. Ex-assessora de Arthur Lira (PP-AL), ela foi alvo de busca e apreensão da PF nesta manhã. Ela, conforme as investigações, é a responsável por organizar o esquema, que funcionaria com o aval de Lira.
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No relatório da PF, os investigadores destacam a falta de formalidade na elaboração orçamentária da organização. O órgão classifica a anotação à mão como “rudimentar” e compara a uma “conta de padaria”.
“Lamentavelmente, não há como não comparar a maneira de controlar e organizar o orçamento secreto coordenado por TUCA a uma ‘conta de padaria”, afirmou.
A corporação ainda destaca que os milhões em emendas eram direcionados por meio de “comandos verbais”, sem qualquer preocupação com “projetos ou interesses republicanos”.
Os recursos em questão eram da CODEVASF para pavimentação de vias. “Tuca” também já foi conselheira da companhia. Segundo a polícia, a cidade de Reriutaba fez diversas licitações vinculadas a serviços de pavimentação em pedra tosca – assim como teria sido escrito pela ex-assessora. O convênio para a pavimentação foi anulado recentemente.
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