Tarcísio entra em campo para derrubar MP do IOF e governo vê derrota como certa
Já sabendo que sairá derrotado na votação do IOF, Planalto avalia tirar comando da Caixa do PP
R7 Planalto|Lis Cappi, do R7, em Brasília
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A atuação política de nomes de oposição ao governo Lula, como do governador de São Paulo, Tarcísio de Freitas, e do presidente do Progressistas, senador Ciro Nogueira (PI), foram alguns dos entraves na negociação da medida provisória alternativa ao IOF (Imposto sobre Operações Financeiras).
Segundo apurou o R7, os dois procuraram diferentes parlamentares para pedir que votassem contra a proposta. Nos bastidores, a avaliação é de que essa articulação foi decisiva para influenciar deputados e senadores que ainda estavam indecisos.
Para aliados do governo, a movimentação tem um claro tom eleitoral — uma tentativa de antecipar a disputa do ano que vem.
O Planalto ainda não sabe se terá votos suficientes para aprovar o pacote de ajustes fiscais, que deve gerar R$ 17 bilhões em arrecadação em 2026.
Retaliação
Nos bastidores, a avaliação no Planalto é de que a votação da MP do IOF está praticamente perdida.
Diante da iminente derrota, integrantes do governo já discutem retaliações políticas a partidos que não cumprirem o acordo firmado nas últimas semanas.
Um dos principais alvos seria o PP, que pode perder o comando da Caixa Econômica Federal. O atual presidente do banco, Carlos Antônio Vieira Fernandes, foi indicado pelo partido.
Por outro lado, e já mirando as eleições, o Planalto vai adotar a narrativa de que o Congresso está contra o povo.
Votação no limite
Há busca de votos ao longo desta quarta-feira (8), data limite para análise da MP, sob pena de que as propostas do governo percam a validade e sejam anuladas.
A tensão relacionada ao texto aumentou pelo placar apertado durante votação na comissão especial ligada à medida provisória. A votação, na terça, terminou com um placar de 13 votos favoráveis e 12 contra o texto.
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