11 de Setembro: entenda como a tragédia continua matando — no corpo e na mente
Mais de 110 mil americanos seguem em programas de saúde ligados ao ataque; estudo revela alta de câncer, depressão e estresse pós-traumático

O 11 de Setembro de 2001 é lembrado como o maior ataque terrorista da história recente. Quase 3 mil vidas foram perdidas naquele dia, mas as consequências não pararam ali. Mais de duas décadas depois, milhares de pessoas ainda convivem com câncer, doenças respiratórias, refluxo e, sobretudo, transtornos como depressão e estresse pós-traumático.
Segundo dados oficiais, pelo menos 110 mil americanos estão inscritos em programas de saúde ligados à tragédia. Entre eles, quase 20 mil sofrem de problemas emocionais. Ou seja, o inimigo hoje não é mais a poeira tóxica, mas a ansiedade, a insônia e a dor emocional que insistem em permanecer.
E essa constatação só reitera que tragédias podem adoecer não somente o corpo, mas também a mente. A perda de alguém querido, a violência doméstica, um acidente repentino, a pressão no trabalho ou até mesmo o isolamento social podem desencadear crises sérias.
Recentemente, os EUA se chocaram com um crime brutal: Decarlos Brown Jr., de 34 anos, matou brutalmente a refugiada ucraniana Iryna Zarutska, de apenas 23 anos, no trem do metrô da estação Scaleybark, a poucos quilômetros do centro da cidade de Charlotte, na Carolina do Norte.
O homem puxou uma faca de bolso, e desferiu golpes em Iryna, minutos após ela embarcar, sem qualquer interação prévia entre os dois. Ele acreditava que a jovem estava “lendo seus pensamentos”.
O caso é investigado como possível surto psicótico, já que Brown tem histórico de esquizofrenia e alucinações.
O episódio reforça como doenças mentais podem gerar consequências devastadoras, tanto para quem sofre quanto para quem está ao redor.
A importância de buscar ajuda
Muitas vezes, as pessoas negligenciam os próprios sentimentos. Acham que a dor vai passar sozinha, que a tristeza é frescura ou que o medo é exagero. Mas a ciência mostra o contrário: quando as feridas emocionais não são resolvidas, elas podem se transformar em doenças físicas ou em doenças emocionais mais graves.
Um estudo do Registro de Saúde do World Trade Center, que acompanha vítimas dos atentados, revelou que o suporte e a rede de apoio são decisivos para a recuperação. Pessoas que aceitaram ajuda tiveram melhora significativa, mesmo após traumas intensos.
Em pleno século XXI, muitas pessoas estão adoecendo emocionalmente e não conseguem falar sobre isso. Só que ninguém precisa enfrentar a dor sozinho.
Procurar a ajuda certa não é sinal de fraqueza — é um passo fundamental para a cura. Então, diante de uma tragédia que ganha as manchetes ou de uma dor silenciosa que só você conhece, a saúde mental precisa ser prioridade. Porque as cicatrizes invisíveis, quando ignoradas, têm o poder de se transformar nas feridas mais dolorosas.
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