Cuba, a fuga de atletas e a verdade sobre o socialismo
Em busca de liberdade e de uma vida melhor, atletas desertam e não vão disputar os Jogos Olímpicos de Tóquio
Refletindo Sobre a Notícia por Ana Carolina Cury|Do R7 e Ana Carolina Cury
Igualdade, liberdade, ótimos índices de educação e saúde. Extremistas, na maioria dos casos, vendem uma ideia muito romântica e ilusória sobre Cuba. Muitos já sabem disso, mas tantos outros seguem ludibriados por uma falsa realidade, já que diversos dados são manipulados.
Talvez, uma das poucas verdades faladas sobre Cuba é a respeito do alto desempenho dos atletas. É sabido que eles se destacam e chamam atenção. A seleção cubana de beisebol, por exemplo, está em primeiro lugar no ranking mundial da modalidade. Todos esses bons resultados contribuem para engrossar a propaganda de que Cuba é o lugar perfeito para viver.
Porém, tal publicidade cai por terra quando analisamos que, cada vez mais, atletas têm fugido do país em busca de uma vida melhor, afinal, além de toda repressão e censura, eles recebem não mais que R$ 160 por mês.
Nos últimos dias, por exemplo, aquele que era uma grande promessa do atletismo cubano, o atleta Jordan Díaz, de 20 anos, não disputará os Jogos Olímpicos de Tóquio porque desertou para a Europa enquanto estava na Espanha com a sua delegação.
Aumento crescente
As deserções atingem esportes de grande destaque no país, como boxe, beisebol, ginástica, atletismo e lutas. O regime é claro para esses que vão embora: saiu, não volta mais.
No mês anterior ao da fuga do atleta Jordan Díaz, de acordo com o portal alemão Deutsche Welle, o psicólogo da seleção cubana e três jogadores de beisebol desertaram em Miami, onde estavam para disputar um torneio. Não muito tempo depois, o jogador de basquete, Raudelis Guerra, fugiu durante uma escala em Madri.
Falsa realidade
Tal atitude nos faz pensar: Como o país pode ser um bom lugar para viver se, nos mais diferentes eventos esportivos, atletas costumam fugir em busca de liberdade e melhores condições de vida?
Sabemos que não são apenas eles. Centenas de cubanos arriscam a própria vida para tentar recomeçar em outro lugar, que não seja ali. Os últimos dados apontam que, neste ano, mais de 500 refugiados cubanos foram interceptados pela Guarda Costeira norte-americana, o maior número desde 2017.
Liderada por Miguel Diaz-Canel que também é primeiro-secretário do Partido Comunista de Cuba, o país é uma república socialista e coleciona atitudes repressoras. Em Cuba não há liberdade e a economia está um desastre. Se você for contra o governo, problema seu, porque jamais poderá protestar livremente contra o presidente.
Foi exatamente isso que pensei quando vi a repercussão dos protestos contra o presidente Jair Bolsonaro. Muitos que estavam presentes, defendem Cuba. Um contrassenso, porque lá nunca seria permitido esse tipo de ação democrática.
Liberdade para quem?
Há muitos cubanos que são excelentes no que fazem, não apenas nos esportes. Mas, infelizmente, eles acabam se tornando instrumentos de propaganda. A verdade por trás da cortina de fumaça é que o povo não pode ser autor da própria vida, até mesmo da sexualidade. Ao contrário do que os amantes da esquerda dizem, morar ali é viver em uma prisão.
Enquanto a população passa fome, as autoridades fumam seus charutos e fazem tudo que, publicamente, criticam. Há quem ainda defenda esse tipo de regime e queira implantá-lo no Brasil. Normalmente, são pessoas que divulgam seus pensamentos em smartphones de última geração, dentro de carros importados.
Por isso, precisamos refletir até que ponto é inteligente, em pleno 2021, lutar para que os direitos humanos sejam extintos para que o socialismo prevaleça. Não existe um modelo perfeito, porém, a liberdade individual só pode continuar existindo em regimes democráticos. O capitalismo ainda é o único sistema que, de fato, incentiva as pessoas a melhorarem seus padrões de vida.
Os textos aqui publicados não refletem necessariamente a opinião do Grupo Record.