Dia histórico: guerreiros africanos se reúnem pela primeira vez
Tribos do continente aceitaram convite e celebraram juntas evento organizado pela Universal
Refletindo Sobre a Notícia por Ana Carolina Cury|Do R7 e Ana Carolina Cury
As canções africanas embalaram a manhã de mais de 117 mil pessoas em todo o continente africano. Os trajes tradicionais coloriram o cenário. Não tinha como ficar parado em meio a tanta gente animada. O motivo dos sorrisos? Tribos, antes conhecidas por se odiarem, aceitaram o convite para participar do "Encontro de Guerreiros", evento promovido pela Igreja Universal do Reino de Deus no domingo (11) em mais de 32 países.
"Vieram aqui homens que não se misturam com política, muito menos com outras tribos ou religiões. Infelizmente, ainda existem muitos confrontos tribais no país. Mas eles estão aqui, sobretudo, porque se sentem respeitados", afirmou o Bispo Marcelo Pires, responsável pelo trabalho da instituição no continente.
Somente na Catedral em Soweto cerca de 21 mil pessoas acompanharam a celebração realizada pelo Bispo Macedo. "O primeiro ancestral de todos nós foi Abraão. Ele respeitou e obedeceu a palavra de Deus e, por conta disso, se tornou o pai na fé de todas as suas gerações. Nós fazemos parte das gerações de Abraão. Dele, muitos anos depois, veio Jesus, que significa o perdão, a libertação e a salvação para todos", declarou o líder da Universal.
Ele ainda reforçou a importância da confiança. "A palavra de Deus traz o entendimento de que não podemos depender de sorte ou maldição. Jesus veio ao mundo e morreu por todos que creem em Sua palavra. Quem crê Nele se torna livre e recebe a bênção de Abraão. Por isso, não precisamos de sorte, precisamos apenas confiar."
Encontro emocionante
Ao final da celebração, os principais guerreiros das tribos africanas se reuniram no altar da catedral de Soweto. O príncipe Vanana Zulu fez questão de ressaltar a importância dessa união: "Por muitos anos éramos divididos, não nos reuníamos, e hoje isso está acontecendo".
Ele e outras lideranças agradeceram o trabalho realizado pela igreja Universal. Os zulus, por exemplo, uma das tribos mais temidas e respeitadas na África do Sul, que formam o maior grupo étnico do país, com cerca de 11 milhões de pessoas, surpreenderam a todos ao homenagear o Bispo Macedo com um traje que apenas a realeza zulu usa. "Você é um líder, um guerreiro, que suportou e venceu adversidades, assim como nós", afirmou o príncipe ao entregar o presente.
Outro grupo de guerreiros, os massais, vieram do Quênia e reforçaram quanto ficaram gratos pelo convite.
"Após conhecermos o trabalho da Universal, passamos a ter muita paz em nosso meio e o respeito se estabeleceu no nosso vilarejo. Nós vemos o Bispo Macedo como um guerreiro, assim como nós somos", disse o líder King Peli.
A tribo Massai é um dos grupos étnicos mais conhecidos e respeitados na África. Ela preserva muitas tradições culturais. Os guerreiros da tribo Massai, por exemplo, vivem um período de sua vida isolados na selva para aprender com os mais velhos os costumes da tribo e as habilidades de sobrevivência.
Um novo começo
Ver povos como os zulus, massais, xhosas, swatis, sothos, reunidos para selar a paz e homenagear o Bispo Macedo e sua família emocionou o público. "Nós nunca pensamos que seria possível isso acontecer na África. Ver todos eles juntos é algo que nos deixa muito felizes", declarou Boitumelo Kheone, da tribo Pedi.
Geralmente, cada tribo se une apenas com os membros da própria tribo. Então, para o Bispo Macedo, o encontro representou muito mais do que apenas uma confraternização.
"É um dia histórico. Minha alegria vem de Deus, porque o sonho que eu tinha era o de levar o Evangelho a toda criatura, mas pensava que seria difícil chegar a povos como os indígenas, povos que viviam na selva, e, olha só, hoje isso aconteceu, estamos vendo algo inédito na história."
De fato, o que vimos foi a disposição das tribos em cultivar a união e a paz, sem discriminação. E assim terminou o "Encontro de Guerreiros", com um clima leve, descontraído e muita música.
Pessoas que não foram até ali apenas para festejar, mas sim para buscar uma transformação, um recomeço. Um marco não apenas para o trabalho da igreja Universal, mas para a vida de todo povo africano. A matéria completa será exibida no próximo domingo (18), no Domingo Espetacular.
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