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‘Não assistem’: postura de cofundador do YouTube e de Giovanna Antonelli sobre os filhos chama a atenção

Atitudes que reacendem o debate sobre o que as crianças têm consumido sem limites

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Steve Chen, cofundador do YouTube, afirma que os vídeos curtos não são bons para o cérebro humano Freepik/@freepik

Depois que li sobre a declaração da atriz Giovanna Antonelli, de 49 anos, revelando que não permitiu que seus filhos assistissem às novelas quando pequenos, me lembrei de outra fala semelhante — e polêmica —, desta vez do cofundador do YouTube, Steve Chen.

O empresário disse, há algum tempo, em uma coletiva de imprensa, que não deixa seus dois filhos assistirem ao YouTube Shorts. Ele afirmou acreditar que o formato de vídeos curtos reduz a capacidade de atenção das crianças e estimula um consumo superficial e viciante.


“Vídeos extremamente curtos levam a uma atenção extremamente curta e formam um ciclo de prazer imediato”, falou. O alerta ganha ainda mais força por vir de quem ajudou a criar a plataforma que hoje domina o tempo de tela de milhões de pessoas em todo o mundo.

Pesquisas recentes sustentam sua preocupação. Um estudo publicado pelo National Institute of Health, dos Estados Unidos, mostrou que o consumo constante de vídeos curtos está associado à queda na concentração e ao aumento da ansiedade. Na prática, quanto mais rápido o conteúdo, mais impaciente o cérebro se torna.


Se nem eles deixam...

A decisão de Chen, da atriz Giovanna Antonelli e de outros artistas e empresários chama atenção. Fernanda Montenegro, por exemplo, contou em entrevistas antigas que só permitia que a filha assistisse a determinados filmes quando considerava que “ela teria maturidade emocional para absorver o que via”.


No cenário internacional, atrizes como Natalie Portman e Kate Winslet afirmaram que restringem o acesso dos filhos às redes sociais e às plataformas de vídeo, por temerem os efeitos da exposição e da comparação constante.

Esses exemplos mostram que, se nem quem está por trás de determinadas plataformas e produções confia nelas para os próprios filhos, por que a pessoa comum deveria confiar?


Além disso, quando falamos de redes sociais, vale sempre lembrar que enquanto os criadores das plataformas digitais se afastam delas, milhões de famílias as entregam às crianças como companhia diária. A pergunta que fica é: o que temos deixado entrar nas telas — e nas mentes — dos nossos filhos, sem perceber?

O limite saudável dentro de casa não é autoritarismo, mas uma forma de cuidado, porque um dos maiores gestos de amor é justamente estabelecer limites.

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Os textos aqui publicados não refletem necessariamente a opinião do Grupo Record.

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