Na última semana, uma tragédia abalou o mundo. O ator americano Alec Baldwin estava ensaiando uma cena de um longa-metragem quando disparou acidentalmente uma arma, sem saber que ela era de verdade e estava carregada. Os tiros atingiram a diretora de fotografia Halyna Hutchins, de 42 anos, e o diretor do filme, Joel Souza, de 48 anos. Halyna chegou a ser socorrida, mas não resistiu aos ferimentos. Joel sobreviveu e já recebeu alta hospitalar. Desde então, a imprensa tem trazido diariamente informações sobre o caso. Mas, uma nova atualização chamou a atenção deste blog. O pai da diretora de fotografia, Anatoly Androsovych, declarou em entrevista ao jornal britânico The Sun que não culpa o ator de Hollywood pela morte da filha. "Alec Baldwin não tem culpa. A responsabilidade é da equipe encarregada dos objetos de cena, que cuida das armas", declarou o pai de Halyna. Ele acrescentou que o ator está mantendo contato com a família e tem sido muito solícito. O caso está sendo investigado. Algumas informações de documentos judiciais revelaram que Baldwin teria recebido a arma com a garantia de que ela não tinha munição. Além disso, após o ocorrido, o Senado do estado da Califórnia afirmou que deve propor em breve uma nova legislação a fim de proibir armas e munições reais em produções cinematográficas de Hollywood.Autoperdão Apesar de estar claro que foi uma fatalidade, não há como evitar o abalo emocional causado em todos aqueles que estavam presentes. Principalmente em Alec Baldwin, que disparou, sem intenção de ferir, a arma que deveria ser cenográfica. "Não há palavras para descrever meu choque e minha tristeza a respeito desse trágico acidente que tirou a vida de Halyna Hutchins, esposa, mãe e colega profundamente admirada por nós", escreveu o ator em suas redes sociais. Após dar um depoimento às autoridades, ele não se conteve e foi às lágrimas, mostrando quanto está sofrendo. Nesse contexto, é comum a sensação de culpa, e, se ele não souber trabalhar o autoperdão, sofrerá muito. Os especialistas afirmam que a culpa é um dos sentimentos mais comuns quando se vivencia uma perda. A pessoa pensa que, se tivesse agido de modo diferente, aquilo não teria acontecido. Mas a verdade é que, além de afetar todos os pensamentos, a culpa traz outras consequências que vão desde sofrer de transtornos emocionais, como depressão e ansiedade, até fazer o indivíduo viver preso ao passado, desenvolver vício em drogas e se isolar.Vencendo o sentimento As vozes acusadoras da culpa parecem que nunca vão se calar. Quem vive com esse fardo sente como se todos o acusassem e se vê como a pior das criaturas. Por isso, perdoar a si mesmo talvez seja um dos maiores desafios a ser enfrentados. Muitos não se perdoam porque só conseguem enxergar os seus defeitos e não dão a si mesmos uma nova chance. No entanto, é preciso tomar essa decisão para poder seguir em frente. É um peso enorme que exige uma atitude racional para conseguir se reerguer. Por isso, a decisão do autoperdão deve ser baseada na razão, e não na emoção. O perdão interior é uma necessidade para aqueles que desejam crescer e evoluir. É preciso entender que ele é algo que faz bem, proporciona a verdadeira liberdade, elimina a mágoa e traz paz para que a pessoa consiga viver a vida de forma plena e saudável, como deve ser.