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Refletindo Sobre a Notícia

Por que o choro de Bernardinho antes do jogo impactou o Brasil

Após receber a notícia da morte da mãe, o técnico manteve-se à frente da seleção masculina de vôlei e emocionou o país

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Em meio à dor da perda, Bernardinho mostrou compromisso com a equipe e virou exemplo de superação Reprodução/Redes sociais

Uma ligação que ninguém espera receber. Nesta quinta-feira (18), pouco antes de iniciar um jogo decisivo contra a Sérvia, pelo Mundial de Vôlei, Bernardinho foi às lágrimas ao saber que a mãe, Maria Ângela Rezende, de 90 anos, havia acabado de falecer.

O choro dele, ao entrar em quadra, repercutiu em todo o país porque revelou o lado humano de alguém que, para muitos, simboliza disciplina, foco e força. Mais do que isso, mostrou que, mesmo abalado, ele não abandonou o time e permaneceu ao lado da seleção na partida.


Esse gesto também chamou minha atenção porque fala de sacrifício e de compromisso. Bernardinho teria todo o direito de sair de quadra, mas escolheu permanecer ali, cumprindo seu papel, sustentando seus atletas.

Decisões e renúncias

Lembro que, quando meu avô faleceu, recebi a informação segundos antes de entrar no ar, na rádio. Tive 15 segundos para decidir se deixaria a emoção me dominar naquele momento ou se cumpriria o meu papel. Foquei e segui dando as notícias.


Foi, para mim, o dia mais difícil para controlar as emoções. Por dentro, estava em pedaços, mas precisava terminar aquele trabalho. Daquele dia em diante, aprendi que a nossa missão, muitas vezes, exige esse sacrifício silencioso.

E não é só no jornalismo ou no esporte. Isso acontece na vida, no dia a dia. Quantas mães e pais, por exemplo, escondem suas próprias lutas, medos e tristezas para dar segurança aos filhos? Quantos missionários se dedicam a cuidar dos outros e sacrificam suas próprias vidas?


O choro de Bernardinho nos lembra disso: a força está em continuar, mesmo na dor.

Talvez por isso o Brasil tenha se comovido tanto. Porque todos nós já fomos – ou ainda seremos – chamados a escolher entre parar ou seguir, mesmo quando o coração pede pausa. E é no seguir que descobrimos a força e a superação de cada dificuldade.

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Os textos aqui publicados não refletem necessariamente a opinião do Grupo Record.

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