Tragédia em Camboriú: motivo da queda de jovem de heliponto traz lembrete doloroso
Caso levanta reflexões sobre segurança e o uso consciente da tecnologia
O que poderia ter sido um momento entre irmãos se transformou em uma enorme tragédia. Nesta semana, a jovem Carol Oliveira, de 22 anos, morreu ao cair do heliponto do Edifício Império do Sol, localizado na Avenida Atlântica, em frente à Praia Central, em Balneário Camboriú, Santa Catarina. O acidente aconteceu enquanto ela gravava um vídeo acompanhada por seu irmão. Distraída, tropeçou e caiu de uma altura de 25 andares, cerca de 70 metros.
Em nota, a Guarda Municipal (GM) da cidade confirmou o motivo da queda: “Trata-se de um acidente, pois há um vídeo em que o jovem [irmão] que estava com a vítima captura o momento em que esta tropeça e cai.”
Carol fazia parte de um projeto de futsal e atuava como monitora de atletas na cidade de Itapema, também em Santa Catarina. Amigos e familiares lamentaram sua partida e a descreveram como “uma jovem amável e apaixonada pelo esporte”.
A área onde Carol e o irmão estavam era destinada exclusivamente a emergências e contava com sinalizações indicando acesso proibido.
Instante e eternidade
Essas duas palavras vieram à minha mente quando assisti ao vídeo da fatalidade. Estudos recentes indicam que o Brasil ocupa a quinta posição no ranking mundial de mortes relacionadas a selfies.
Além disso, quantas vezes, assim como Carol, nos distraímos com o celular e deixamos de perceber o mundo ao nosso redor?
Já presenciei casos de pais que não notaram o filho cair porque estavam assistindo a “shorts”, de famílias que perderam momentos de conversa durante as refeições para ver “stories”, e até de casais que se distanciaram emocionalmente porque, ao se deitar, cada um ficava imerso em futilidades no smartphone.
A tragédia de Carol grita sobre como o uso inadequado da tecnologia pode trazer danos irreversíveis, desde a perda de momentos importantes com pessoas que amamos até acidentes fatais.
O desfecho da história dessa jovem que tinha tantas coisas bonitas para viver é, sim, um lembrete doloroso de que a vida é preciosa demais para ser trocada por uma foto ou por um vídeo.
Diante desse triste cenário, só nos resta refletir: O que temos arriscado pelo excesso dessa tecnologia?
Afinal, podemos perder muitas coisas por conta do uso inadequado do celular. E, no fascínio das redes sociais, por exemplo, ignoramos o que realmente pode trazer felicidade.
Que possamos sempre nos lembrar de valorizar o real, de não correr riscos pelo virtual e de estar presente no aqui e no agora.
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