Viana e Engler têm empate técnico para a Prefeitura de Belo Horizonte

Pesquisa RealTime Big Data realizada entre os dias 9 e 11 de março sobre as intenções de voto para a Prefeitura de Belo Horizonte, encomendada pela RECORD, registrada com o número MG-00558/2024, mostra um cenário ainda aberto na disputa municipal, mas com algumas caras conhecidas despontando. Carlos Viana (Podemos) lidera em todos os cenários estimulados, mas no cenário espontâneo quem toma a frente é Bruno Engler (PL).

Cenário espontâneo

Quando perguntados espontaneamente sobre em quem votariam caso a eleição fosse hoje, 63% dos entrevistados não souberam responder. Soma-se a esse número 11% de pessoas que disseram votar nulo ou branco. Dentre aqueles que já sabem seus votos, Engler tem 6% da preferência. O ex-prefeito Alexandre Kalil (PSD) aparece na sequência, com 4% de citações. O deputado federal Nikolas Ferreira (PL) vem em seguida, com 3%. Viana, Rogerio Correia (PT) e o atual prefeito, Fuad Noman (PSD), vêm logo atrás, com 2% cada. Outros nomes somados alcançaram 4%.

Cenário estiumlado

Em um cenário mais provável, com Engler sendo a escolha bolsonarista para a cidade, a disputa ainda está aberta. Viana se consolida na liderança, com seis pontos de vantagem sobre o político do PL. Viana tem 21% dos votos, contra 15% de Engler. Com 11%, Noman e Rogério Correia estão empatados, seguidos de perto por Duda Salabert (PDT), com 9%. Gabriel Azevedo (MDB) tem 6% das intenções de voto, Bella Gonçalves (PSOL) tem 4% e a pré-candidata do Novo, Luisa Barreto, 3%. Nulos e brancos são 9% e os indecisos, 11%.

O voto feminino no cenário estimulado impacta as intenções de voto de Engler, que cai para 12%, enquanto Fuad Noman ganha a segunda colocação entre as mulheres, com 13%. No público masculino, Carlos Viana lidera com 23%, seguido de Bruno Engler, com 19%. Rogério Correia (PT) vem em terceiro, com 10%, e Fuad Noman tem 9%.

A principal diferença entre Viana e Engler está nos votos entre os moradores das classes sociais de menor renda. No cenário com votantes de até dois salários mínimos, Viana tem 29%, 17 pontos a mais que Engler e Noman, que têm 12% cada. Com eleitores que ganham acima de cinco salários mínimos o cenário muda, e Engler toma a liderança, com 20% das intenções de votos. Viana e Noman têm ambos 11%.

No segundo cenário, em que a pré-candidata Bella Gonçalves é substituída por Ana Paula Siqueira (Rede), Viana continua liderando, com 21%, seguido por Engler (15%), Rogério Correia (12%), Noman (11%), Duda Salabert (10%), Gabriel Azevedo (6%), Luisa Barreto (3%) e Ana Paula (1%). Além disso, 9% dizem votar nulo ou branco e 12% que ainda estão indecisos.

Segundo turno

Em uma simulação de segundo turno entre os dois líderes da pesquisa, há um empate técnico considerando a margem de erro de três pontos percentuais. Viana tem 32% da escolha do público, enquanto Bruno Engler atinge 29%. Outros 21% dizem anular e 18% ficam indecisos. Há ainda muita indefinição por parte do público e um apoio mais forte do ex-presidente Jair Bolsonaro pode impulsionar a candidatura de Engler.

Em um cenário entre Viana e Noman, o político do Podemos tem 36% dos votos e Fuad, 29%. Dos entrevistados, 18% disseram que anulariam o voto e 17% ainda não se decidiram.

Uma terceira projeção, entre Engler e Noman, mostra que as coisas ficam mais indefinidas. Ambos os pré-candidatos têm 30% da escolha do eleitorado belo-horizontino, enquanto 19% votariam nulo ou branco e 21% estão indecisos.

Possiblidade de votos

Há uma equidade na rejeição dos principais pré-candidatos à prefeitura de BH. Tanto Viana quanto Engler não seriam votados por 38% da população. Por outro lado, Viana leva vantagem sobre Bruno pelo número de que 51% poderiam votar ou votariam com certeza nele. O político do PL tem 36% nesse quesito.

Noman tem uma rejeição menor, de 35%, mas alavancada por um grande desconhecimento, que chega a 22%, praticamente ¼ da população não conhece o prefeito. Segundo a pesquisa, 5% votariam com certeza nele e 38% poderiam votar.

Liderando a rejeição do público estão Duda Salabert e Rogério Correia, com 51% e 50%, respectivamente.

Aprovação das gestões

Para o povo de Belo Horizonte, o governo do presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) tem 45% de desaprovação e 43% de aprovação.

O Governador Romeu Zema (Novo) tem 57% de aprovação e 34% de rejeição, enquanto Noman tem 46% tanto de aprovação quanto de reprovação.