Opep+: Brasil ainda não pode 'abrir mão' do petróleo se quiser liderar transição energética
Entrada do Brasil em programa de cooperação com a Organização dos Países Exportadores de Petróleo foi criticada por ambientalistas
Jornal da Record News|Do R7
Em entrevista ao Jornal da Record News de terça-feira (18), a diretora técnica do Ineep (Instituto de Estudos Estratégicos de Petróleo, Gás Natural e Biocombustíveis), Ticiana Alvares, comenta a entrada do Brasil no fórum de aliados da Opep (Organização dos Países Exportadores de Petróleo).
O país foi o primeiro a aderir a chamada carta de cooperação da Opep. A expectativa é garantir influência na redução do preço do petróleo e baratear o combustível. No entanto, o ministro de Minas e Energia, Alexandre Silveira, e o presidente Lula foram criticados por ambientalistas pela decisão, devido ao risco ambiental proporcionado pelo combustível fóssil.
Em defesa, Silveira argumentou que o Brasil é um líder global em transição energética e precisa participar de reuniões internacionais sobre o assunto para conseguir guiar a transferência entre recursos poluentes para fontes de energias mais limpas e renováveis.
Para Ticiana, o país participa das duas frentes do assunto e, por isso, não pode se desligar do petróleo enquanto luta pela transição energética. "A gente ainda não pode abrir mão de um recurso energético como o petróleo, ao mesmo tempo não pode negar as mudanças climáticas, e não pode deixar o Brasil de fora desse esforço mundial de reduzir a emissão de gás de efeito estufa", afirma ao ressaltar a importância do petróleo na geração de empregos qualificados e renda obtida com o combustível.
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