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Petrobras vai pisar no acelerador e explorar petróleo de forma segura, diz Magda Chambriard

Declaração da presidente da estatal ocorre em meio ao impasse e durante evento com Lula no Rio de Janeiro

Economia|Plínio Aguiar, do R7, em Brasília

Petrobras vai explorar petróleo de forma segura, diz presidente da estatal em evento com Lula Fernando Frazão/Agência Brasil - 19.06.2024

A presidente da Petrobras, Magda Chambriard, afirmou que a estatal está “pisando no acelerador” e vai explorar petróleo de forma “extremamente segura”. A declaração foi dada nesta segunda-feira (17) durante evento, em Angra dos Reis (RJ), com o presidente Luiz Inácio Lula da Silva.

A fala ocorre ainda em meio ao impasse criado com eventual exploração de petróleo na Margem Equatorial, que se estende pelo litoral do Rio Grande do Norte ao Amapá. Não há, ainda, uma definição da medida.

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“Se nós obtivermos a licença, faremos tudo de forma extremamente segura. O senhor [Lula] pode ficar absolutamente tranquilo. A Petrobras demonstra a cada dia seu compromisso com o Brasil e com a segurança de nossas operações... Sendo possível a licença, nós teremos no Amapá o melhor aparato de resposta de emergência já visto no mundo”, afirmou Magda.

Em outro momento da cerimônia, a presidente da Petrobras agradeceu as entidades de classe que representam os trabalhadores e fornecedores da estatal. “Sem eles, nossos empreendimentos não seriam possíveis. E como nós temos tido: estejam preparados porque estamos pisando no acelerador. Então fornecedores brasileiros, estejam preparados, seja para fazer navios, para exploração e produção de petróleo e gás, seja para fazer refinarias e ampliação de capacidade de refino, nós vamos pisar no acelerador”.


Em meio ao impasse sobre a exploração de petróleo na Margem Equatorial, a Petrobras aposta em obras da unidade de estabilização e despetrolização de fauna em Oiapoque, município localizado no Amapá e prospectado como a capital nacional do produto, para conseguir a licença do Ibama (Instituto Brasileiro de Meio Ambiente e dos Recursos Renováveis).

A petroleira também deu início a treinamentos dos funcionários a fim de atuarem “de forma segura e ambientalmente responsável”. Ao R7, a estatal fala em conseguir “em breve” a licença para perfurar, mas as adequações ainda precisam ser analisadas pelo instituto, sem um prazo estabelecido. Servidores reclamam da pressão que tem sido atribuída ao pedido da estatal.


A Margem Equatorial do Brasil, que se estende pelo litoral do Rio Grande do Norte ao Amapá, engloba as bacias hidrográficas da foz do Rio Amazonas, Pará-Maranhão, Barreirinhas, Ceará e Potiguar. É uma região geográfica considerada de grande potencial pelo setor de óleo e gás. Nos últimos anos, foram feitas grandes descobertas na Guiana e no Suriname, próximas a essa região, o que aumentou a expectativa sobre o que poderá ser encontrado na bacia marítima.

O Amapá é um dos principais beneficiados com a exploração de petróleo na Bacia da Foz do Rio Amazonas. Nos últimos dias, o presidente do Ibama, Rodrigo Agostinho, voltou a destacar não ser possível prever o prazo para a análise conclusiva do pedido para perfuração na Margem Equatorial. Segundo ele, a Petrobras apresentou um novo pedido em dezembro, que está sendo analisado pela equipe técnica.


Enquanto a licença não é concedida pelo Ibama, a Petrobras iniciou em novembro do ano passado a construção da Unidade de Estabilização e Despetrolização da Fauna em Oiapoque, que vai funcionar em sinergia com o Centro de Reabilitação e Despetrolização de Fauna em Belém. As obras têm previsão de término neste primeiro semestre, possivelmente em março, e fazem parte da tentativa de atender aos critérios estabelecidos pelo instituto.

Além disso, a estatal tem desenvolvido, na cidade de Oiapoque, ações de reconhecimento de campo, treinamentos com agentes e iniciativas de comunicação em todas as áreas. A ideia é realizar “operações de forma segura e ambientalmente responsável, com respeito às pessoas e às comunidades locais”.

“Mantemos o entendimento de que será possível realizar a avaliação pré-operacional e em breve obter a licença para a perfuração em águas profundas no Amapá”, afirmou a Petrobras ao R7. “A companhia está otimista e segue trabalhando, sempre aberta ao diálogo, para atender às exigências do Ibama no processo de licenciamento do bloco FZA-M-59″, completou.

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