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Renda Extra

Com o dólar em alta, como fica a sua viagem já comprada para o exterior?

Moeda norte-americana chegou a R$ 4,38 após quatro recordes consecutivos em relação ao real. Especialistas orientam a não comprar agora

Renda Extra|Márcia Rodrigues, do R7

Dólar opera em alta e chegou a R$ 4,38 na quinta (13)
Dólar opera em alta e chegou a R$ 4,38 na quinta (13)

Você estava contando os dias para a tão sonhada viagem de férias para o exterior que já está com passagens aéreas compradas, diárias de hotéis pagas e, de repente, viu o dólar disparar?

Com a moeda norte-americana operando em alta – chegou a R$ 4,38 na quinta-feira (13), após quatro recordes consecutivos em relação ao real –, o que é possível fazer para não estourar o orçamento?

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A planejadora financeira Rejane Tamoto afirma que por depender de uma série de fatores ligados ao cenário político e econômico global e local é impossível saber com certeza o valor exato do dólar amanhã, no próximo mês ou ano.


Apesar de os economistas fazerem cálculos e projeções – segundo o último boletim Focus do Banco Central a expectativa é de que o dólar feche o ano a R$ 4,25 – é praticamente inviável acertar a cotação, explica Rejane.

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“Por conta disso, sempre oriento as pessoas que querem viajar para o exterior a comprarem moeda aos poucos, aproveitando oportunidades quando a cotação está boa, caso do período após a reforma da previdência, quando chegou a R$ 3,90 no câmbio turismo”, comenta Rejane.

Miguel Ribeiro de Oliveira, diretor-executivo da Anefac (Associação Nacional dos Executivos de Finanças, Administração e Contabilidade), também orienta a compra de dólar ao longo de um período para não se prejudicar com uma alta cotação.


“Quem vai viajar um pouco mais para a frente, eu recomendo que não compre moeda agora. Por ter subido muito, o dólar tende a cair porque o Banco Central começa a vender sua reserva para não deixar a alta impactar na inflação e, com isso, a cotação cai”, diz Oliveira.

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No entanto, se a viagem está próxima, ele recomenda o uso do cartão de crédito, mesmo sendo um risco.

“Pode ser que daqui a 30 dias, quando chegar a fatura, o dólar esteja mais baixo e você pague menos, ou o contrário: quando você voltar a moeda estará mais cara e pagará mais na conversão. Isso é obviamente um risco. No entanto, se deixou para comprar em cima da hora, é a melhor opção no momento”, orienta o diretor da Anefac.

Outra orientação de Oliveira, dessa vez para quem pensa em viajar um pouco mais para a frente, é negociar com as agências de turismo e companhias aéreas.

“Para não perder clientes, em vez de usar um dólar cotado a R$ 4,30, essas empresas trabalham com uma cotação média a R$ 4,05 ou R$ 4,10. Então, tente barganhar e buscar uma opção mais barata. Se a empresa se recusar, procure outra porque elas negociam uma contação mais barata com as companhias que trabalham. ”

Confira as dicas da planejadora financeira Rejane Tamoto:

• Pesquise em sites que comparam a cotação e mostram o valor mínimo que pode conseguir com a quantia que precisa para viajar. Também verifique onde é possível comprar dólar por esse preço. Ao adquirir a moeda em espécie, você paga apenas 0,38% de IOF (Imposto sobre Operações Financeiras).

• Outra opção é abrir uma conta corrente em um banco digital que tenha também opere no exterior. Nesse caso, você paga a cotação do dólar comercial mais uma taxa e IOF de 1,1%. A diferença é que é menor do que o valor do dólar turismo.

“Em uma comparação que fiz, vi que a taxa estava 1,3% menor dessa forma. Ao converter reais em dólares, você trava a cotação do dólar. E quando for pagar, deve usar a função débito”, orienta a especialista.

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