Aposentados e pensionistas do INSS (Instituto Nacional de Seguridade Social) receberão o 13º salário de forma antecipada pelo segundo ano consecutivo. A boa notícia foi anunciada pelo presidente Jair Bolsonaro e confirmada pelo ministro da Economia, Paulo Guedes, após a aprovação do Orçamento 2021 pelo Congresso Nacional na última quinta-feira (25). Com a antecipação do abono salarial, o governo espera injetar R$ 50 bilhões na economia em mais uma tentativa de amenizar a crise gerada pela pandemia do novo coronavírus. A expectativa é de que a primeira parcela do 13º seja paga em abril. A prioridade, Miguel Ribeiro de Oliveira, diretor-executivo da Anefac (Associação Nacional dos Executivos de Finanças, Administração e Contabilidade), é pagar dívidas. Para ele, o 13º deve ser dividido em três partes: • Pagar dívida (principalmente as com juros altos, como cheque especial e cartão de crédito); • Quitar as despesas de começo de ano (IPTU, IPVA, matrícula e uniforme escolar, entre outros); e • Fazer uma reserva. A pedido do R7 Economize, a educadora financeira Teresa Tayra elaborou uma lista com dicas sobre como utilizar o dinheiro da primeira parcela do 13º salário. Confira as dicas: Saiba qual fase, estágio, momento financeiro você se encontra. Para uns, o 13º salário é uma salvação devido a um aperto financeiro. Para outros, pode ser a oportunidade de iniciar a reserva de emergência. Por último, para algumas pessoas pode ser a alegria de aumentar o aporte para uma renda futura.Dívidas Não quite suas dívidas sem ter feito a lição de casa sobre as causas das dívidas. Elas são aprendizados. Se ainda não aprendemos, elas voltarão. Quem tem carro, possivelmente já pagou o IPVA, que é cobrado nos meses de janeiro, fevereiro e março. Caso não tenha conseguido quitar o imposto, o abono salarial pode ajudar neste sentido. O IPTU começou a ser pago em fevereiro. Quem não pode pagar à vista e parcelou, pode fazer uma reserva para garantir o pagamento mensal do imposto. O primeiro passo para investir é saber seus objetivos. “É fundamental saber para quando e para qual finalidade o dinheiro será usado. Dependendo dessas informações, é possível escolher produtos diferentes”, diz Teresa. Além de conhecer seus objetivos, é muito importante identificar seu perfil financeiro, pois ele define muito sobre suas escolhas de investimento, orienta a educadora financeira. Teresa também destaca quais os principais motivos que levam o consumidor ao endividamento. Veja se é o seu caso e prepare-se para mudar seu estilo de vida: • Ter um padrão de vida acima do orçamento: quem sabe pequenos ajustes no seu padrão de vida te liberte de dívidas recorrentes? • Não poupar: você tem comprado sem planejar e sem poupar antes? É hora de mudar essa situação. • Descontrole no uso do crédito: você tem usado o cartão de crédito como extensão de salário? Pare agora e refaça o seu orçamento para começar a controlar. • Falta de reserva de emergência: muitas pessoas se endividam pois desconhecem a importância de ter reserva de emergência. Comece guardando pouco e vá aumentando conforme a sua situação financeira for melhorando. • Não agir preventivamente: Fazer a revisão do carro, exames preventivos e visitas periódicas ao dentista ajudam você a evitar gastos maiores no futuro. • Fazer empréstimos para terceiros: são inúmeros os casos que as pessoas se endividam ao ajudar um parente ou amigo ou emprestar o cartão de crédito. Não seja bonzinho para se prejudicar no futuro. • Investir de forma indevida: a reserva de emergência não deve ser aplicada na renda variável. É preciso buscar opções seguras de investimento para preservar o seu patrimônio emergencial.