Quase 35% dos beneficiários do auxílio emergencial têm Pix
Ao comemorar o aniversário de um ano da modalidade, diretor do BC destaca a inclusão financeira da população carente
Renda Extra|Márcia Rodrigues, do R7
O Pix, meio de pagamento digital, instantâneo e gratuito do BC (Banco Central), vem ajudando a população na inclusão financeira. A constatação é do diretor de organização do sistema financeiro e resolução, João Manoel Pinho de Mello, na coletiva de balanço de um ano da modalidade de pagamento, nesta terça-feira (16).
Mello destacou que quase 35% do público cadastrado no CadÚnico (Cadastro Único) para receber o auxílio emergencial tem a chave de Pix cadastrada.
Leia também
Desde abril, os beneficiários do auxílio emergencial podem realizar transferências pelo novo modelo de movimentação bancária.
De março a outubro deste ano, houve um crescimento de 52% na utilização do Pix por todas as classes sociais.
Na baixa renda, houve um crescimento de 131% no número de usuários que fizeram pagamentos com a modalidade.
Uso do Pix aumenta mês a mês
O presidente do Banco Central (BC), Roberto Campos Neto, destacou, em uma gravação apresentada no início do evento, que o Pix tinha superado todas as expectativas no primeiro ano de sua existência.
"O uso do Pix aumenta mês após mês. A velocidade de adoção é a mais rápida do mundo, e o sistema já superou meios de pagamento tradicionais, como TED, DOC e boleto, em número de transações", disse.
Em um ano de funcionamento, o Pix soma 7 bilhões de transações e R$ 4 trilhões em volume financeiro. As transações mensais passaram de 34 milhões, em novembro de 2020, para 1,18 bilhão, em outubro de 2021.
Nesse período, o número de chaves cadastradas passou de 95,3 milhões para 348,1 milhões. A maioria dos usuários prefere cadastrar chave aleatória (121,2%), seguida por CPF (93,8%), celular (76,1%) e e-mail (50,6%).
Novas funcionalidades vêm por aí
Desde o início da implantação, o sistema vem agregando novas modalidades. As mais recentes começaram a valer nesta terça-feira (16).
Entre elas, estão o bloqueio preventivo dos recursos pelos bancos por até 72 horas em caso de suspeita de fraude e as notificações obrigatórias de transações rejeitadas.
No vídeo que deixou gravado para o evento, Campos Neto anunciou a possibilidade de fazer pagamentos mesmo sem conectividade com a internet.
No dia 29 de novembro começam a valer as funcionalidades do Pix saque e Pix troco.
O correntista poderá sacar até R$ 500 durante o dia e até R$ 100 à noite (das 20h às 6h).
O uso do serviço será totalmente gratuito para o cliente final pessoa física que fizer até oito operações por mês.
Poderão oferecer os serviços estabelecimentos comerciais como padarias e supermercados, entre outros, redes de ATMs (caixas eletrônicos) compartilhados e participantes do Pix, por meio de seus ATMs próprios.
Para ter acesso aos recursos em espécie, basta que o cliente faça um Pix para o agente de saque, em dinâmica similar à de um Pix normal, a partir da leitura de um QR Code mostrado ao cliente ou a partir do aplicativo do prestador do serviço.
Como vai funcionar na prática:
Pix saque: nesta transação, o usuário vai ao caixa e pede que seja feito um saque de R$ 100, por exemplo, usando a sua chave Pix.
Pix troco: neste caso, o usuário compra algo no estabelecimento e pede uma quantia a mais, em dinheiro físico, na operação.
Cinco dicas para usar o Pix com segurança